segunda-feira, 26 de abril de 2010

Cultivo

Hoje o abacate é cultivado em muitas regiões de clima quente ou temperado, incluindo América do Norte e do Sul, Austrália, Filipinas, Israel, Nova Zelândia e Quênia. É um dos cerca de 20 frutos tropicais de importância comercial no mundo todo.
Nos países tropicais das Américas existem muitas variedades de abacate, que vão desde o tamanho de um ovo de galinha a outras tão grandes quanto um melão de tamanho médio, pesando até dois quilos. A cor pode variar de verde a violáceo ou negro, sendo a casca de algumas variedades dura e quebradiça, ao passo que a de outras é fina e lisa. Mas é possível cultivar pomares que produzam abacates de aspecto e qualidade uniformes.
Na época da floração, os abacateiros ficam cobertos de milhares de flores branco-amareladas. Destas, apenas 1 em 5.000 desenvolve-se em fruto. Uma característica incomum dessas flores é que cada uma delas possui um estame (que produz o pólen), e um pistilo (onde fica o ovário). Isso permitiria a autopolinização, não fosse o maravilhoso mecanismo no abacateiro que impede que o estame e o pistilo sejam ativados ao mesmo tempo.
Assim, as flores de alguns abacateiros se abrem para receber o pólen ao amanhecer e fecham ao meio-dia. À noitinha, essas mesmas flores voltam a se abrir, desta vez para produzir o pólen. Outras árvores próximas têm ciclo oposto. A polinização ocorre quando uma árvore produz pólen e outra ao seu lado está pronta para ser polinizada. Nesse ponto, abelhas e outros insetos são importantes agentes de polinização, ao passo que transferem o pólen de uma flor para outra. Dessa forma, uma intrincada coordenação de luz solar, calor, insetos, vento e localização torna possível a reprodução desse fruto.

Abacate: um fruto de mil e uma utilidades

Do correspondente de Despertai! na Colômbia
OS CONQUISTADORES espanhóis do início do século 16 nunca tinham visto nada igual. Em formato e tamanho, parecia uma enorme pêra, mas a cor era verde mesmo quando maduro. A polpa era macia como manteiga, com um sabor que lembrava o de nozes. Por fim tornou-se conhecido como abacate, do asteca ahuacatl.
O abacate foi introduzido ao público europeu em 1519, por Martín Fernández de Enciso. Ele havia visto esse fruto perto da atual Santa Marta, Colômbia, na época de uma das primeiras expedições espanholas na América do Sul. Naqueles anos de exploração, além do abacate, os europeus experimentaram diversos alimentos que não conheciam, incluindo o chocolate, o milho e a batata.
Naturalmente, nenhum desses alimentos era realmente novo. Todos já eram conhecidos e apreciados pelos habitantes nativos das regiões temperadas do Hemisfério Ocidental por séculos. Entre algumas tribos nativas, o abacate era tão apreciado que era oferecido aos que se casavam e aos visitantes.

Bananas são saborosas e saudáveis



NEM todo alimento saboroso é saudável, tampouco todo alimento saudável é saboroso. Com destaque, na lista das coisas saudáveis, bem como saborosas, porém, temos de colocar a banana bem madura. Quando Disraeli, primeiro-ministro da Grã-Bretanha, em viagem ao Cairo, no Egito, em 1831, provou pela primeira vez uma banana, exclamou: “A coisa mais deliciosa do mundo!” Ainda que seja talvez uma questão de opinião, sem dúvida a maioria das pessoas concordarão que as bananas são deliciosas.
A banana não cresce em árvores, pois a bananeira não tem tronco nem galhos. Falando-se estritamente, é planta herbácea, cujo caule principal se compõe de bainhas de folhas. Atinge a altura de três a sete e meio metros e leva de doze a quinze meses para produzir seu fruto. Tendo-se produzido um cacho de bananas, a planta é cortada, porque a bananeira jamais dá mais de um só cacho — o que é bem mais característico da planta herbácea do que da árvore.
Os valores da banana são realmente diversos. Muito deliciosa por si só, poderá ser usada para se fazerem apetitosos milk shakes, banana splits, torta de creme de banana, e em saladas de frutas. Usa-se cada vez mais o pó de banana, que pode ser facilmente digerido pelas poucas pessoas que não toleram as bananas cruas bem maduras.
Entre as muitas vantagens das bananas se acha sua disponibilidade o ano todo. Não requerem preparo e já vêm seladas pela natureza, o que as mantém praticamente livres de bactérias e de sujeira. (Não se precisa preocupar com inseticidas nem se foi lavada antes de comê-la!) Quando está bem madura — tendo manchas marrons — a banana é facilmente digerida, pelo menos pela maioria das pessoas, e produz bastante energia.
As bananas contêm menos umidade do que quase toda outra fruta fresca — cerca de 75 por cento. Também contêm mais açúcar do que a maioria das frutas frescas — uns 20 por cento. Por isso, podem substituir os alimentos mais substanciais e não servem apenas como sobremesa. Quem quer emagrecer ou precisa ter cuidado com o peso, bem poderia experimentar comer umas bananas e tomar um copo de leite, ao invés de uma refeição completa. Seria especialmente bom se tais pessoas substituíssem sobremesas ou merendas entre as refeições ou à noite por bananas.
As bananas têm alta dose de vitaminas A, B e C. Realmente, segundo certas autoridades, contêm tanta vitamina C que, no caso de criancinhas, as bananas poderão ser muitas vezes a fonte principal desta vitamina. Quanto aos minerais, as bananas contêm notável quantidade de cálcio, cobre, ferro, magnésio, fósforo e enxofre. As bananas têm também o poder de ajudar a regenerar a hemoglobina nos glóbulos vermelhos do sangue.
Em virtude de sua dose baixa de proteína, se recomendam bananas para quem sofre de doenças dos rins. Nas bananas bem maduras, o amido se transforma em frutose, e, por isso, são recomendadas para os diabéticos que não podem tolerar o açúcar de cana ou de beterraba (sacarose). Acharam-se úteis as bananas em muitos casos de úlceras pépticas. Estranho como pareça, as bananas servem de alimento para os obesos, bem como para os magros demais, auxiliando na correção de ambas as condições, assim como são de ajuda em curar tanto a diarréia como a prisão de ventre. Não há dúvida de que, quando o Criador fez a banana, ele deu ao homem uma dádiva esplêndida, tanto nutritiva como apetitosa.
Por milhares de anos, têm-se saboreado as bananas em certas partes da terra. Mas, nos tempos mais modernos, foram negligenciadas, pelo menos nos países ocidentais, de modo que a World Book Encyclopedia alista a banana entre as “Frutas Desconhecidas Pelos Nossos Ancestrais”. Lá em 1912, o Journal of the American Medical Association continha um editorial intitulado: “A Subestimada Banana.” Atualmente, contudo, a banana torna-se cada vez mais valorizada, porque é uma fruta tanto saborosa como saudável.

O iogurte lhe faz bem

O IOGURTE está bem na crista da onda da popularidade nos dias atuais, pelo menos na Europa e nos Estados Unidos. Os estadunidenses gastam anualmente bem mais de Cr$ 850 milhões neste produto do leite, comendo mais de 90.000.000 de quilos dele a cada ano.
Ao passo que o consumo de iogurte nestes países parece ter ficado em moda desde a Segunda Guerra Mundial, o uso do iogurte bem que poderá remontar aos primitivos tempos bíblicos. Pelo menos é o que dizem os McKibbins em sua publicação Twelve Foods from the Bible (Doze Alimentos da Bíblia). Um caso especial é sobre a mulher quenéia, que deu ao Capitão Sísera “leite coalhado”, o leite coalhado bem provavelmente sendo iogurte. — Juí. 5:25.
A que se atribui a popularidade do iogurte? Tem sabor agradável, é ligeiramente ácido ao ser comido sozinho e não é doce demais nem satura quando se adiciona algum sabor ou é preparado com conservas de frutas. Há algo de saudável em sua massa ou contextura cremosa. Visto que o produto comercial é em geral feito com leite desnatado, é especialmente baixo em calorias — outra razão de sua popularidade junto às pessoas que cuidam do peso. Uma bebida popular entre os turcos e outros povos do Oriente Próximo é feita de porções iguais de iogurte e água gelada, às quais se adiciona um pouco de sal, e então se mistura cabalmente.
O iogurte serve de lanche entre as refeições, como parte de almoço leve ou como sobremesa. Poder-se-ia dizer que raramente tem acontecido que algo tão extremamente popular seja tão bom para nós como é o iogurte. É leite coalhado e, assim, é digerido duas a três vezes mais rapidamente que o leite comum. Ademais, o iogurte possui valiosas bactérias a Lactobacillus bulgaricus e a Streptococcus thermophilus.
Devido às propriedades do iogurte, muitos crêem que ajuda os que têm problemas intestinais. É por isso que alguns médicos o prescrevem para a restauração do que é conhecido como “flora intestinal”, que pode ser destruída quando os doentes tomam muitos antibióticos ou sulfas.
Ainda outro fator em seu favor é que ó iogurte amiúde substitui outros alimentos não tão saudáveis ou ricos demais. Para muitos, serve como substituto de alimentos tais como tortas, bolos, pudins e massas, que são ricas em carboidratos refinados. Segundo o Dr. Denis P. Burkitt, Prêmio Nobel, o câncer intestinal e outras perturbações intestinais se relacionam a dietas ricas em carboidratos refinados. — Medical Tribune, 3 de outubro de 1973.
Obviamente, substituir tais alimentos pelo iogurte reduz grandemente a ingestão de calorias. Um pedaço de torta de maçã talvez contenha 330 ou mais calorias, ao passo que um copo de iogurte simples só tem um terço disso. Até mesmo um iogurte de frutas contém um terço menos de calorias. Para reduzir as calorias, poderá também usar o iogurte para substituir molhos oleosos de salada e maionese, ou em lugar de creme de chantilly sobre frutas frescas.
Como se prepara o iogurte? Mui simplesmente. Tome um pouco de leite comum, ou leite desnatado, e aqueça-o até ferver, e então derrame-o num recipiente. Se quiser que o iogurte tenha maior consistência, adicione um pouco de leite desnatado em pó, assim como o fazem muitos produtores comerciais. Deixe-o esfriar até que com a ponta do dedo sinta-o confortavelmente quente, e então adicione a cultura de iogurte ou algum iogurte, tal como se compra numa mercearia, cerca de meia xícara para cada litro de leite. Se estiver preocupado em reduzir suas calorias, então desejará certificar-se de usar leite sem gordura ou desnatado. Agite bem de modo que não reste nenhum ‘caroço’.
Daí, cubra o recipiente e o envolva num cobertor ou mantenha-o num local quente, a cerca de 43,3 a 45,6 graus centígrados, de quatro a seis horas, ou durante a noite. Por causa do problema de manter o leite aquecido, alguns preferem comprar um “recipiente para fazer iogurte” que mantém o leite a certa temperatura. Outros resolvem o problema por usarem garrafas térmicas de boca larga, visto que estas garantem a conservação do leite em temperatura tépida enquanto fermenta. Também é importante não agitar o recipiente enquanto se processa a fermentação, ou o leite talvez não coalhe. Uma vez engrosse, poderá colocá-lo num refrigerador ou algum lugar fresco até que deseje comê-lo.
Do precedente, pode ver que o iogurte tem muita coisa a recomendá-lo. É saboroso, tem alto valor alimentício, é baixo em calorias, é facilmente digerido, é fácil de fazer, é econômico e gostoso de comer!

Novos frutos procedentes dos antigos

Do correspondente de “Despertai!” nas Ilhas Britânicas
ACHAM-SE disponíveis, hoje, frutas em surpreendente variedade. E que diferença de sabor! Há maçãs ácidas que podem ser descritas como ‘tão ácidas a ponto de acabar com o fio duma faca’, palavras usadas há cerca de dois mil anos atrás pelo naturalista Plínio. Muitas outras variedades de maçãs, porém, são verdadeiro deleite para o paladar, e a escolha da pessoa não se restringe a apenas um punhado. Ora, há mais de cem anos, um livro sobre frutas, publicado nos Estados Unidos, alistava 1.823 variedades diferentes! Todavia, todas elas, com suas caraterísticas distintivas, descendiam de ancestrais comuns. Novos tipos de frutos deveras procedem de variedades antigas. Como se conseguiu isto?
À medida que os homens ganharam experiência na agricultura, sem dúvida foram mais seletivos nas sementes guardadas para plantio futuro, selecionando as dos maiores cachos de uvas, das maçãs mais doces, das maiores azeitonas e coisas semelhantes. Gradualmente, isto produziu tipos que eram cada vez mais distintos das variedades silvestres.
O cruzamento deliberado para combinar as caraterísticas desejáveis de diferentes frutas-mães é um passo mais recente. Nem sempre é fácil produzir novos frutos dos antigos, desse modo, conforme descobriu o Professor L. H. Bailey, em fins do século dezenove.
Bailey cruzou uma abóbora outonal de Bergen e um cabaceiro-amargoso, cruzando novamente o descendente com a abóbora. Em 1891, os frutos desta segunda geração eram parecidos com o de Bergen, tendo fina casca, semelhante a papel, que cobria grossa e atraente polpa amarela. A casca protegia o fruto do manuseio bruto e da geada. A polpa cozinhava bem. “Mas o sabor”, lamentou Bailey, “era de sedimentos de quinino, de fel e eupatório! O cabaceiro-amargoso ainda estava ali.”
Desde então, o homem já aprendeu muita coisa. Pelo menos existem cinco modos de produzir variedades aprimoradas de frutos.

Proteção Contra a Apoplexia

“Adquire-se tremenda proteção contra a apoplexia [derrame cerebral] por se ingerir mais frutas e legumes”, afirma o Dr. Louis Tobian, da Universidade de Minnesota, EUA. O motivo é que a maioria das frutas e dos legumes é rica em potássio, o qual, embora não baixe a pressão sanguínea, impede que a pressão danifique as artérias. Ao falar na reunião anual da Associação Americana do Coração sobre hipertensão arterial, Tobian disse que estudos feitos em animais indicaram que uma porção extra diária de frutas e legumes poderia reduzir em 40 por cento o risco de apoplexia no decorrer de algum tempo. Entre as maiores fontes de potássio estão a banana, a batata, o morango e os sucos de toranja e de laranja.

A peluda frutinha da Nova Zelândia



Do correspondente de Despertai! na Nova Zelândia
OS OCIDENTAIS chamavam-na de groselha chinesa. Mas quando começou a ser cultivada na Nova Zelândia, seus promotores aproveitaram a semelhança que essa fruta peluda tem com a famosa ave quivi, da Nova Zelândia. Assim, tornou-se conhecida em todo o mundo como quivi, ou kiwi.
Por décadas, a vitalidade da economia desse país do Pacífico Sul dependia exclusivamente de sua lã, carne e lacticínios. Mas agora o kiwi emergiu qual fonte de renda como principal produto de horticultura da Nova Zelândia. Isso tornou possível que o kiwi desse a conhecer o seu sabor a milhões de pessoas. A sua versatilidade, limitada apenas pela imaginação, tem resultado numa grande variedade de pratos deleitosos.
Mas exatamente o que é essa frutinha peluda? O kiwi (Actinidia chinensis) é realmente uma baga que cresce numa parreira. Próprio de clima temperado, o kiwi foi originalmente cultivado no vale Yangtze, no sul da China. Contudo, em 1934 fez-se o primeiro plantio comercial na Nova Zelândia, em Te Puke, uma cidadezinha de 5.500 habitantes na costa leste da Ilha do Norte. Em pouco tempo, o cultivo do kiwi foi estendido a outras partes do país. Mas é Te Puke, com as suas condições climáticas ideais, que veio a ser chamada de “capital mundial do kiwi”.
Cultivar o kiwi é um empreendimento e tanto. Leva de três a cinco anos para que uma parreira nova comece a produzir frutos. Ademais, as parreiras precisam ser constantemente podadas, para que as frutas recebam luz suficiente. É necessário construir estruturas de apoio permanente para as parreiras, estacas com cruzetas, ou caramanchões. E quando começa a colheita, são necessários centenas de trabalhadores peritos para ajudar a colher à mão milhões de frutos, do tamanho aproximado de um limão ou de uma laranja pequena. São necessários uns quatro kiwis grandes para dar meio quilo, e, anualmente, colhem-se dezenas de milhares de toneladas dessa fruta.
Tudo isso pode parecer trabalho demais para cultivar uma fruta cujo aspecto o The Wall Street Journal certa vez disse não ser mais impressionante do que “uma velha bola de tênis”. Mas não se iluda pela sua aparência sem graça. “Corte o kiwi ao meio”, continuou o Journal, “e ele mostrará todo o seu esplendor. Subitamente surge uma polpa verde brilhante e fragrante, revelando no meio o que parece um dourado solzinho radiante com bordas cor de violeta”. E prove-a, retirando o seu conteúdo com uma colher! A sua polpa é doce, saborosa. Ademais, essa pequena fruta tem um alto valor nutritivo. Além de ter significativas quantidades de vitaminas C e E, o teor de fibras de um kiwi grande é quase quatro vezes maior do que o de uma xícara de aipo picado. Um kiwi tem mais potássio do que uma banana, e pode suprir de 20 a 70 por cento da necessidade diária de cromo do organismo.
O kiwi é também muito versátil na cozinha, e se adapta com facilidade a muitos pratos. Presumindo-se que exista localmente, talvez queira experimentar a receita acompanhante. É possível que você também se torne um grande apreciador da frutinha peluda da Nova Zelândia!

“Coma frutas e verduras”

Há décadas os cientistas recomendam a ingestão de carotenóides como suplemento alimentar. O beta-caroteno é um carotenóide bem-conhecido, e tem sido associado à prevenção de ataques cardíacos, derrames cerebrais e certos tipos de câncer. Novos estudos, porém, questionam os benefícios dos suplementos de beta-caroteno. Segundo o The New York Times, o Dr. Paulo LaChance, cientista especializado em nutrição, “acautelou contra a ingestão de suplementos de carotenóides individuais”. Ele explicou que “a natureza nos oferece uma combinação de carotenóides, e não sabemos ainda a importância dessa combinação”. Outra pesquisadora, a Dra. Regina Ziegler, recomenda que “até identificarmos as entidades protetoras nas frutas e verduras, não podemos encapsulá-las”. O Times comenta que “a maioria dos especialistas voltaram a receitar o conselho tradicional das mães: ‘Coma frutas e verduras!’”

Fruta exclusiva da América do Norte?



  Tradicionalmente, os cranberries fazem parte da refeição do Dia de Ação de Graças, que ocorre nos Estados Unidos na quarta quinta-feira de novembro e, no Canadá, na segunda segunda-feira de outubro. De acordo com a lenda, em 1621 os índios levaram os cranberries à primeira celebração do Dia de Ação de Graças, uma festividade de três dias em que havia muita comida, bebida e diversão, e que foi patrocinada por William Bradford, governador da Colônia Plymouth. Muitos pensam que o cranberry é exclusivo da América do Norte, pois há muitas tradições relacionadas com essa frutinha, e ela é uma das poucas variedades nativas desse continente que são cultivadas para fins comerciais.
  No entanto, o cranberry pequeno (V. oxycoccus) cresce não só na América do Norte, mas também na Ásia e na parte norte e central da Europa. O uso da frutinha na culinária não é exclusivo da América do Norte. A Encyclopædia Britannica menciona: “O molho e a geléia de cranberry têm sido considerados como exclusivamente americanos, mas os escandinavos têm em alta estima a sua lingonberry nativa (V. vitis-idaea), que é parecida com o cranberry americano [V. macrocarpon], mas de sabor mais picante.”


Por que “frutinha que pula”?

Se você cortar ao meio um cranberry maduro, notará que ele tem por dentro quatro bolsas de ar. Essas bolsas têm duas utilidades para os plantadores que comercializam os cranberries. Primeiro, em vez de terem o trabalho de colher as frutas manualmente, os plantadores podem inundar os campos e agitar as plantas com a ajuda de máquinas, o que faz com que as frutinhas maduras se soltem. Daí, por causa das bolsinhas de ar, elas bóiam. Depois disso, eles tiram as frutinhas da superfície com uma pá e as selecionam.
O segundo benefício das bolsas de ar foi descoberto por plantadores de cranberry no final do século 19. Diz a lenda que um plantador derrubou acidentalmente um balde de frutinhas numa escadaria e ficou perplexo ao ver que as melhores foram pulando até o fim da escada, ao passo que as moles ou podres pararam nos degraus. As bolsas de ar nas frutas de melhor qualidade fizeram com que elas pulassem, iguais a pneus inflados. As de qualidade inferior eram como pneus vazios.
Em 1881 surgiram as primeiras máquinas que fizeram bom uso da capacidade de pular da frutinha. Hoje, máquinas que fazem a seleção das frutas ainda usam esse método — fazem as boas pular sobre uma barreira e as recolhem para ser vendidas. As que estão moles caem pela máquina e são usadas para fazer suco ou geléias.
Em pântanos especialmente preparados através do nordeste e noroeste dos Estados Unidos e no Canadá, os agricultores produzem mais de 250 milhões de quilos de cranberries num único ano. Se você nunca provou essa frutinha azeda, por que não experimenta? Ela tem muitas vitaminas e minerais, e é cheia de antioxidantes que podem protegê-lo contra doenças cardíacas e câncer. Podem até fazer você pular de tanta energia.

Alimento, remédio e conservante

Os nativos americanos faziam bom uso da qualidade de conservação natural do cranberry. Faziam uma comida chamada pemmican, que era uma mistura de carne-seca ou peixe, moídos junto com cranberries. Com essa mistura formavam bolinhos redondos e achatados, que secavam ao sol. Durante os longos meses de inverno, os bolinhos forneciam uma dieta balanceada de proteínas e vitaminas. A frutinha é um bom conservante porque contém bastante pectina. Também é rica em vitamina C. Assim, no passado, marinheiros compravam barris de cranberries para levar em viagens longas por causa do risco de contraírem escorbuto.
Os índios também usavam o cranberry como remédio; misturavam-no com farinha de milho e colocavam a mistura sobre ferimentos para impedir septicemia. Estudos médicos recentes indicam que o suco de cranberry pode prevenir algumas infecções do trato urinário por impedir que a bactéria infecciosa se fixe nas paredes do sistema urinário.

Frutinhas de um pântano

Quando os europeus chegaram pela primeira vez na costa nordeste da América do Norte, uma mercadoria que os habitantes nativos ofereceram foi uma frutinha vermelha com um sabor azedo refrescante. Os índios pequot, que viviam na região atualmente conhecida como Cape Cod, chamavam a fruta de i-bimi, ou “fruta amarga”. Os colonizadores ingleses a chamaram de craneberry (frutinha do grou), talvez porque a haste e a flor da planta se pareçam com o pescoço e a cabeça de um grou. Além disso, a frutinha era um dos alimentos favoritos dos bandos de grous locais, o que também pode ter sido o motivo para o nome. De qualquer modo, o nome logo foi reduzido para cranberry.
Os índios colhiam cranberries de turfeiras baixas. A vegetação decadente e úmida nesses pântanos fez o solo ficar surpreendentemente acidífero, o que não favorece o crescimento da maioria das plantas. Mas os cranberries vicejam nesse tipo de solo. Essas plantas rasteiras, parecidas com morangueiros, floresciam desde a atual Virgínia, no sul, até o norte, no Canadá.
Em 1680, Mahlon Stacy, um colono de Nova Jersey, descreveu as frutinhas a seu irmão que morava na Inglaterra. Ele escreveu: “Os cranberries, que mais parecem cerejas na cor e no tamanho, podem ser armazenados até que a próxima safra amadureça. Podem ser usados para fazer um molho excelente, para acompanhar carne de veado, peru e outras aves grandes, e são melhores do que groselha ou cereja para fazer pequenas tortas. Os índios as trazem às nossas casas em abundância.”

Já provou a frutinha que pula?

Do redator de Despertai! no Canadá
O AGRICULTOR espalha enxofre pelo solo, deixando-o mais acidífero. No outono, à medida que a safra amadurece, ele inunda os campos. Depois da colheita, ele deixa a frutinha cair para ver se ela pula.
Será que o agricultor enlouqueceu? Pelo contrário, seu comportamento aparentemente destrutivo garante que o produto seja da mais alta qualidade. Ele cultiva cranberries. Gostaria de saber mais sobre essas frutinhas resistentes?

Um Pouco de História da Manga



Parece que a manga originalmente crescia em forma silvestre na parte sul-oriental da Ásia. Chegou à América em algum tempo por volta do século XVIII. Em 1900, o governo dos EUA introduziu variedades indonésias e filipinas, populares por não terem quase fibras, e vicejaram no sul da Flórida. A manga Manila é uma forte favorita. Tem casca amarelo brilhante, deliciosa polpa tenra e caroço bem fino — todos sendo características recomendáveis do ponto de vista da comercialização.
Na costa noroeste do México há muitas variedades de mangas que foram cruzadas com outras frutas para produzir ainda maior variedade. Por exemplo, pode-se obter a manga abacaxi, a manga pêssego, e assim por diante. No sul há a variedade conhecida como petacón — muito grande, cerca do tamanho de uma grande beringela, e pesando mais de 450 gramas. Também há a deliciosíssima manga Paraíso, da vizinhança de Acapulco, bem similar à petacón, mas tendo casca muito mais atraente, uma mistura de ricas cores do outono.
Uma vez tenha comido um pêssego com sua casca, terá alguma idéia do problema encarado ao desejar comer uma manga da mesma forma. Alguns adultos e a maioria das crianças, depois de comerem manga desta maneira, parecem que lavaram o rosto com a fruta. Para evitar isto, há garfos especiais disponíveis, e algumas pessoas se tornam tão experientes em usá-los que não cai nem uma gota de sumo de manga em sua face ou no seu prato. É uma arte. Naturalmente, pode também ser comida com sorvete ou em forma de conserva. E não se acha além da possibilidade que as pessoas dentro em breve peçam um ‘manga split em vez do familiar ‘banana split’.
Pode-se comprar essa fruta aos quilos, em pilhas de quatro ou cinco, ou em caixas. Quando se compra uma caixa, obtém-se mangas de todos os tamanhos. Na época da colheita, os preços são bem razoáveis, e a manga se torna a sobremesa popular. Os vendedores de manga não se limitam tampouco ao mercado. Pode vê-los, fintando o trânsito nos cruzamentos, procurando interessar os motoristas em sua deliciosa mercadoria.
Até mesmo sem se considerar seu fruto delicioso, a mangueira sempre será popular, pois é tanto ornamental como fornecedora de sombra bem-vinda. A casca e a resina têm ambas propriedades medicinais. Como madeira, a mangueira não é muito popular, pois apodrece facilmente. E, naturalmente, o próprio fato que a geada a mata prontamente a limita às áreas tropicais e subtropicais. Afirma-se que em partes da Ásia esta árvore já tem sido cultivada pelo homem pelo menos há 4.000 anos.
Imagine só uma mangueira madura, de uns 15 metros de altura, belamente simétrica, e carregada de milhares de mangas douradas que sobressaem no meio da folhagem escura. Não lhe faz lembrar o alvorecer da história humana, quando “Jeová Deus fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento”? (Gên. 2:9) Quão considerado para com as necessidades humanas tem sido o grande Criador! A luz solar, a chuva, e todos os outros ingredientes para a produção de alimentos deleitosos são parte de Sua generosa provisão. A manga é mais uma das inumeráveis experiências gustativas providas para o gênero humano pelo Benfeitor que se deleita na felicidade e no bem-estar do homem.

Manga — suave e macia

Do correspondente de “Despertai!” no México
OS VISITANTES da maioria das regiões tropicais e subtropicais da terra provavelmente acharão essa fruta suave e macia — a manga. Já a comeu? Não é provável, se nunca visitou um país em que ela cresce pois não se adapta muito para a exportação. Mas, para lhe dar uma idéia de como impressiona as papilas gustativas — tem sido descrita como combinação do pêssego, do abricó, do abacaxi e do morango.
Ao provar pela primeira vez essa fruta dourada, em forma de rim, talvez não concorde com isso. Com efeito, algumas pessoas, na primeira vez que a provaram, segundo se diz, afirmaram: “Ugh! Tem gosto de terebentina!” Visto se tratar duma fruta aromática, o aroma, quando é extremamente forte, faz lembrar a terebentina. Mas, o espinafre, o caviar russo e a champanha francesa nem sempre se recomendam na primeira tentativa. É preciso cultivar a apreciação por tais coisas.
Visto que a manga é tão suave e macia, várias expressões vieram a ficar em uso comum, expressões que destacam a manga. Por exemplo: “Que manga!” significa “Que beleza!” ou: “Não chore; chupe sua manga!” sugere algo mais agradável que ajuda a pessoa a olvidar suas dificuldades.
Esta fruta deleitosa cresce em árvores, árvores belas, grossas, verde-escuras e que atingem uma altura de 12 a 15 metros. Sabe-se de algumas que atingiram 27 metros. As mangueiras enxertadas podem produzir frutas depois de dois ou três anos; leva cinco anos para uma árvore recém-plantada. A primeira safra talvez dê apenas 150 mangas, mas, quando a árvore atinge seu auge, talvez produza até 5.000 mangas ou mais. Para melhores resultados, as árvores são espacejadas uns 18 metros umas das outras. As folhas finas e verde-escuras podem chegar a medir até 30 centímetros. As flores tomam a forma de diminutas flores rosas que crescem em pequenos ramos nas extremidades dos galhos.
Há muitas variedades de mangas. Com efeito, há tantas que apenas na Índia já foram descritas cerca de 500 variedades. Variam de tamanho de uma maçã comum a uma fruta que talvez chegue a pesar até um quilo e trezentas gramas. Também variam de cor. O fruto é recoberto de uma casca fina e coriácea. Há um caroço grande e achatado quase por toda a fruta, recoberto de grossa formação carnosa. Alguns gostam de assar as sementes da manga e comê-las. A polpa da manga poderá variar quanto à consistência. Na qualidade inferior se verificará que muitas fibras duras crescem na polpa. A fruta de melhor qualidade pode ser comida com uma colher, de tão tenra que é.
O México é um país abençoado com numerosas frutas deliciosas. Seus grandes mercados ostentam centenas de barracas de frutas que oferecem abacaxis, abricós, pêssegos, maçãs, uvas, melancias, cantalupos, pêras, toranjas, sapotas, saputis, laranjas, tangerinas, bananas, figos e grande variedade de amoras. Todavia, quando a manga Manila está em sua época, de maio a agosto, o inteiro mercado reluz com seu dourado.

Na dúvida, jogue fora

Certos tipos de bolor são seguros de se comer, como os que são encontrados no queijo Roquefort. Mas outros podem ser perigosos, especialmente para pessoas com a saúde debilitada, adverte o UC Berkeley Wellness Letter. O bolor no pão e nos cereais está entre os mais tóxicos. Geralmente o bolor visível têm ramificações como raízes que penetram no alimento. Além do mais, o cozimento não destrói as toxinas produzidas pelo bolor. O Wellness Letter recomenda:
▪ Se possível, refrigere o produto e use-o antes que surja bolor.
▪ Jogue fora frutas pequenas, como uvas, que estejam podres. Lave as frutas só quando for comê-las, pois a água acelera o apodrecimento.
▪ Corte fora partes apodrecidas de frutas e legumes duros ou grandes como maçã, batata, couve-flor ou cebola. Jogue fora frutas moles apodrecidas, como pêssego e melão.
▪ Queijos duros embolorados podem ser aproveitados retirando-se uma fatia de 2 a 3 centímetros além do bolor, mas jogue fora queijos cremosos e iogurtes com bolor, também pão, carne, sobras de comida, castanhas, nozes e amêndoas, manteiga de amendoim, caldas e geléias embolorados.

Frutas que duram mais

“Em breve, as frutas poderão durar mais na sua fruteira graças a um dos componentes do vinho tinto — substância reconhecida como benéfica à saúde”, relatou a revista New Scientist. “Mergulhar as maçãs numa solução de trans-resveratrol, antioxidante encontrado nas uvas, fez com que as frutas durassem três meses em vez de duas semanas. As uvas que passaram por esse processo não duraram tanto, mas mesmo assim resistiram o dobro do tempo — duas semanas.” Os pesquisadores descobriram que uma pequena quantidade do antioxidante é suficiente para evitar que a fruta se estrague e para afastar os fungos que murcham ou mofam muitas frutas. “Numa pesquisa subseqüente, a equipe tratou outros legumes e frutas, incluindo tomate, abacate e pimentão verde”, disse a revista. “Eles agora procuram descobrir meios mais baratos de produzir trans-resveratrol.”

A Mais Popular de Todas

O mamão, que também é encontrado nos subtrópicos, é provavelmente a fruta mais comum da mesa equatoriana. Embora alguns, por engano, talvez pensem que é um melão, não cresce em trepadeiras. Antes, cresce em grupos, no alto de árvores semelhantes às palmeiras. Os mamões variam de tamanho, os grandes chegando a pesar quase sete quilos ou mais.
Do lado de fora, a fruta tem cor verde-escura que gradualmente se transforma em amarela, em certas manchas, ao amadurecer. Lá dentro, a polpa é dum amarelo forte, ou às vezes, de cor laranja brilhante ou avermelhada. Diferente de muitas outras frutas, o mamão tem fruto oco, em que uma porção de sementes pretas estão presas à polpa, mas são facilmente retiradas. A polpa é doce e suculenta e mui deliciosa, a menos que aconteça pegar um ruim, com gosto forte e um tanto desagradável. Usualmente os menores tendem a ter sabor bem forte; os maiores têm melhor sabor.
As pessoas neste país comem bastante mamão, não apenas pelo simples prazer de comer a fruta, mas também por questões de saúde. Nos trópicos, o corpo da pessoa precisa de bastante líquido necessário duma forma mui pura e deleitosa. Daí, também, é excelente ajuda para o sistema digestivo. Pode-se facilmente provar isto pela simples ingestão de uma fatia ou duas de mamão depois de uma refeição pesada, e assim evitar os; desconfortos comuns sentidos depois da ingestão de muito alimento rico. Há razoável explicação médica para isto, também. As autoridades em nutrição verificaram que o mamão e rico numa enzima chamada “papaína”, que ajuda na digestão das proteínas.
Neste respeito, uma amiga nossa descreveu como ela faz bom uso desta propriedade do mamão de outra forma. Ela mergulha a carne no suco de mamão por algumas horas, preferivelmente a noite toda, e verifica que é excelente amaciador da carne. Isto também se deve à enzima presente nesta fruta tropical.
Bem, não somos mais recém-chegados a este lindo país tropical, que possui uma variedade de aves, de flores e de frutas. O que parecia no início serem frutas um tanto esquisitas e incomuns são agora grandes conhecidos nossos — velhos amigos cuja companhia apreciamos em sentido muito especial. Se quiser familiarizar-se mais com elas, por que não vem visitar-nos?

Apresentando Outras Frutas Estranhas

Pouco tempo depois, tivemos outra experiência agradável quando nos serviram pela primeira vez a badea. A badea cresce numa trepadeira e assemelha-se a pequena melancia, com casca tão brilhante que parece que acabou de ser encerada. Constitui também deliciosa bebida que sabe ao suco de abacaxi, mas sem a acidez do abacaxi. Nossa grande surpresa, contudo, surgiu quando verificamos que tal bebida estava cheia de sementes e nos mandaram engoli-las, assegurando-nos de que era a melhor parte. Mastigar tais sementes (cerca do tamanho das da melancia) dava à bebida um sabor completamente diferente, fazendo-nos lembrar certas uvas produzidas no hemisfério setentrional.
Em contraste com a naranjilla e a badea, a aparência exterior da chirimoya certamente não é atrativa. Tem cerca do tamanho e a forma duma bola de softball, dum verde embotado, e tem pele escamosa como a dum réptil. Assim, pode imaginar a surpresa que tivemos quando enfiamos pela primeira vez os dentes numa chirimoya e verificamos que tinha o sabor como de pêras maduras misturadas com creme e açúcar, apenas que eram mais macias! Muitos gostam de comer esta fruta fresca, mas outros preferem transformá-la em sorvete. De qualquer jeito, é preciso admitir que não se pode julgar a chirimoya despretensiosa por sua casca, assim como não se pode julgar um livro pela sua capa
Certo dia, quando passávamos pelo carrinho dum vendedor, um amigo nosso parou e comprou o que se chama de guabas. São compridas, verdes e achatadas, e são tão curvas como a bainha dum sabre. Tomando a guaba em sua mão, nosso amigo deu com ela contra a parede do prédio a fim de romper sua casca dura. E, eis que lá dentro havia uns doze ou vinte glóbulos de algodão branco como a neve, cada glóbulo contendo uma grande e brilhante semente preta. O agradável sabor doce da guaba é bastante convincente: esta deve ser a original bala de algodão dos trópicos!
Provavelmente, o tratamento mais popular para pequenos males do fígado aqui no Equador seja uma bebida feita da fruta chamada tamarindo. E, caso procure o tamarindo no mercado, procure o que se parece a grandes feijões em vagens marrons com de 15 a 20 centímetros. Daí, lá dentro, ao invés de feijões, conforme esperava, a vagem está cheia duma substância pegajosa que se parece muito com a polpa das ameixas, e, naturalmente, há caroços. A bebida feita desta fruta é bastante agradável, um tanto parecida com a cidra de maçã. Mas, lembre-se, é um laxativo brando. No entanto, se for isso que desejar, concordará que certamente é um remédio de ótimo sabor!

Frutas incomuns dos trópicos

Do correspondente de “Despertai!” no Equador
QUANDO nós, recém-chegados, pisamos pela primeira vez no solo da América do Sul, no país tropical do Equador, era um dia quente do verão meridional de dezembro. A súbita mudança do tempo congelante que acabáramos de deixar no hemisfério norte foi bastante sentida, mas nos deu tremenda sede. Como apreciamos quando Carlos, nosso, anfitrião, nos serviu um geladinho refresco de frutas.
U-m-m! Que delícia! Mas, de que era? Jamais tínhamos provado nada semelhante. Nosso anfitrião explicou que era suco de naranjillas. Naranjilla, nome espanhol, significa laranjinha. Tinha um sabor delicado que nos fazia lembrar uma mistura de abacaxi, laranja e maçã, talvez com uma pitada de suco de tomate. A fim de fazer este refresco, Carlos explicou como primeiro descascou a fruta, colocou-a num liqüidificador, adicionou água e adoçou com um pouco de açúcar.
Alguns dias depois, vimos algumas naranjillas numa banca do mercado. Tinham sido trazidas de seu lar nas selvas, sob as altaneiras montanhas dos Andes. A distância, pareciam deveras pequenas laranjas, tendo cerca do tamanho de tangerinas. Mas, ao chegarmos perto, a aparência mudou de laranjas para tomates de casca brilhante. No entanto, quando apanhamos uma, ficamos surpresos de descobrir que tinha diminuta penugem, um tanto como o pêssego, mas penugem dura e quebradiça. Que fruta estranha é esta laranja penugenta, parecida a um tomate!
Bem alto nos Andes, os habitantes da serra têm àquilo que chamam de tomate de árbol, que cresce em seus quintais junto com uma variedade de flores tropicais. As plantas têm uns dois metros e setenta e dão frutos multicoloridos, que variam do laranja’ brilhante ao púrpura forte. O fruto não é redondo como um tomate, mas é oblongo e nos extremos tem a forma de uma pequena bola ,de futebol americano. E o gosto? Bem, é um tanto parecido com o suco de tomate, apenas que é mais doce. Não só constitui uma deliciosa bebida, mas também serve para conservas deliciosas.

Propriedades Medicinais

O mamoeiro é às vezes chamado de “árvore medicinal”. E isso, por certo tem sua razão, visto que cada parte dele possui algumas propriedades medicinais. O caule herbáceo, oco, é rico em vitaminas A, B, e C, bem como em cálcio, fósforo e ferro. No tronco da árvore fêmea encontra-se 1,5 por cento de proteína e de 7 a 10 por cento de açúcar. O látex das hastes, das folhas e do fruto verde é altamente anti-helmíntico (o que significa que destrói os vermes intestinais). Também, as pequenas sementinhas negras digerem, e, portanto, eliminam todos os tipos de parasitos intestinais indesejáveis. O mamão ajuda a digerir a proteína da carne, dos ovos, do leite, do feijão e dos alimentos similares, e, por isso, promove o funcionamento correto do pâncreas. Ademais, o mamão alivia a indigestão, protege contra a infecção, ajuda os diabéticos e os portadores da hepatite, e é usado para clarear o vinho e a cerveja.
Mas, talvez fique imaginando: O que torna o mamão tão valioso como remédio? Não podem ser apenas as vitaminas e sais minerais. É verdade. Mas, já ouviu falar na enzima papaína? É esta enzima que torna o mamão tão ímpar na digestão de proteínas. A papaína, só encontrada no mamão, é similar à enzima animal, pepsina. A indústria farmacêutica há muito se tem beneficiado da papaína. Aliás, a maior quantidade de papaína é encontrada logo abaixo da casca do fruto verde. Assim, enquanto o mamão ainda está pendurado numa árvore, fazem-se cortes longos na casca. O látex branco exsuda, similar ao látex que exsuda das seringueiras, e é captado em coletores. Os cortes são repetidos a cada três a cinco dias. Quando o mamão amadurece, o fluxo gradualmente diminui e cessa quando o fruto fica plenamente maduro. O suco seco está então pronto para ser despachado.
Caso more nos trópicos ou os visite, apreciará ainda mais o mamão, visto que, em tais países, poderá estar infestado de parasitos, tais como ancilóstomos, que se fixam no seu intestino delgado e no cólon. No entanto, a papaína ataca e dissolve a epiderme queratinosa da maioria dos parasitos comuns. A papaína é inofensiva e é o vermífugo mais barato nos trópicos. Se não aprecia comer mamão verde, um tanto amargo, por que não mastiga e engole um pedaço da folha ou uma colher de sopa das sementes, depois de cada refeição? Embora tal idéia talvez não seja muito agradável, certamente poderia proteger seu organismo da invasão de parasitos. As sementes possuem um sabor pungente, não muito diferente do agrião ou dos rabanetes.
Sempre que saborear uma refeição pesada, rica em proteínas, coma uma fatia de mamão maduro. Poderá poupá-lo dum ataque de indigestão. Caso seja a cozinheira, envolva a carne crua em uma folha grande de mamoeiro, de um dia para o outro. Ficará surpresa diante de seu efeito amaciante. Os caçadores e as donas-de-casa, no Brasil interiorano, fazem isso há muito tempo. Quando matam um animal velho, envolvem sua carne rija em folhas de mamoeiro e, no dia seguinte, ela é tão tenra quanto a de um animal jovem. Uma galinha velha pode ser amaciada do mesmo jeito, ou por esfregar-se a carne com látex de mamão. Por esse motivo, a maioria dos produtos comerciais para amaciar a carne contêm papaína.
Mas, há outros benefícios. Será que alguém em sua família sofre de vez em quando com muito catarro? Bem, então, cozinhe flores de mamoeiro em água, açúcar queimado ou mascavo, e coe o xarope. Resulta num excelente xarope contra a tosse. No Brasil, muita gente simples coloca um pedaço de folha de mamão sobre feridas, para apressar a cura. Simplesmente amarram a folha diretamente sobre a ferida ou o machucado. Também, a polpa do mamão é usada, externamente, para tratar manchas da pele.
Agora que “conhece” muito melhor o mamão, deixe-nos lembrar-lhe onde o poderá encontrar. Embora parecido ao “melão”, não crescem em trepadeiras. Antes, olhe para o alto à procura deles, pois são frutas que dão em árvore.

Mamão — fruta muito apreciada



Do correspondente de “Despertai” no Brasil
A FRUTA conhecida no Brasil como mamão tem, em outras partes, diferentes nomes. Em regiões das Antilhas é conhecida como fruta bomba. Os mexicanos a mencionam como melon zapote, e os australianos e ilhéus dos Mares do Sul como papaya. Outros, porém, preferem o seu nome latino, Carica papaya. Seja qual for seu nome local, poderá encontrá-la, ou a qualquer de suas cerca de 20 espécies, apenas nas regiões tropicais e em certas regiões subtropicais livres de geada, inclusive no Havaí, em Formosa, na Queensland e no sul da Flórida, EUA.
São frutas suculentas, em forma de melão, trazendo certos benefícios à saúde. Um tanto parecidas aos cantalupos, arredondadas e em forma de pera, pesam até 11 quilos cada uma, tendo de 7,5 a 50 centímetros de comprimento, e crescem em cachos de 30 ou mais frutas, diretamente do tronco do mamoeiro.
Esta planta se parece a pequena palmeira, encimada de folhas, mas sem ramos laterais, e atinge uma altura média de três a quatro metros. Embora tenha aparência duma árvore, trata-se realmente duma planta herbácea de caule cilíndrico, oco, ao invés de totalmente lenhoso. Alguns a chamam de “planta gigante”. Suas folhas, profundamente lobuladas, fazem-nos lembrar as folhas de figueira ou do ácer, embora as do mamoeiro às vezes meçam 60 centímetros de envergadura, e surjam de ramos ocos.
Os mamoeiros atingem seu pleno tamanho em menos de um ano. O desenvolvimento começa a partir das sementes pretas, redondas, enrugadas, mucilaginosas, encontradas no fruto oco. E os mamoeiros se dispõem a dar frutos em qualquer época do ano. Usualmente o mamoeiro é fêmea, sempre produzindo abundantes frutos arredondados. Mas há também mamoeiros-machos, com flores bissexuais, que produzem frutos cilíndricos sustentados por longos pedúnculos. Podem viver cinco anos ou mais.
Embora o mamão seja similar ao melão no sabor e formato, a casca é macia. Passa do verde ao amarelo quando amadurece, em cerca de nove meses. A polpa da fruta é usualmente amarelada ou alaranjada, às vezes tem cor de salmão, e tem cerca de 2,5 centímetros de espessura. Possui muito pouca fibra, e seu sabor caraterístico, diferente de qualquer outra fruta, é ligeiramente adocicado, com agradável sabor almiscarado.
Gostaria de provar o mamão como parte do café da manhã ou como sobremesa? Alguns o apreciam cru — naturalmente maduro — com ou sem açúcar, ou limão. Muitos brasileiros o preferem na salada de frutas, junto com bananas, mangas e abacaxis. Ou o transformam em deliciosa vitamina por misturarem a polpa madura num liqüidificador com abacaxi e outras frutas. Outros preferem o mamão como doce, preparando-o por cozer frutas verdes e adicionar açúcar e, talvez, coco ralado.
A polpa da fruta verde, cozida com açúcar queimado, também é mui deliciosa. Ainda outros usam mamão verde como legume (cozido como abóbora), especialmente em ensopados. Também é usado em tortas, refrescos e confeitos. Faz-se também uma compota do fruto verde, quer cortado em cubinhos quer ralado. Corte o fruto em cubos e os deixe de molho com um pouco de cal virgem (embrulhados num guardanapo) até o dia seguinte. Daí, enxágüe os cubos e os cozinhe com açúcar ou, para obter o sabor caramelado, com açúcar queimado. A cal virgem deixa a parte externa endurecida, ao cristalizar a fruta. Infelizmente o mamão é altamente perecível e é difícil de exportar, exceto em forma de conserva ou como suco, em refrigerantes.

O bacuri e o cupuaçu

O bacuri (Platonia insignis) é uma árvore ornamental, de 20 a 30 metros de altura. A copa tem a forma de um cone de cabeça para baixo. A fruta, de formato oval e casca grossa amarelo-citrina, é quase do tamanho de uma laranja. A polpa branca e viscosa que envolve as sementes é agridoce e perfumada. Essa polpa suculenta está cheia de fósforo, ferro e vitamina C. Os brasileiros misturam o bacuri em xaropes, geléias, compotas e refrescos. As amêndoas, oleosas e avermelhado-escuras, são utilizadas no tratamento de várias doenças de pele. A madeira amarela do bacurizeiro é usada em construção.
O cupuaçu (Theobroma grandiflorum) é parente do conhecido cacaueiro (Theobroma cacao). A gordura nas sementes do cupuaçu é semelhante à manteiga de cacau, usada para fazer chocolate. Embora o cupuaçu cresça naturalmente no ambiente quente e úmido da bacia amazônica, é cultivado em todo o Brasil. A árvore se adaptou bem especialmente no Estado litorâneo do Espírito Santo.
Primeiro, o cupuaçueiro cria uma casca castanho-escura que é forte o suficiente para ser usada como madeira. Então, em seu oitavo ano de vida, a árvore produz cachos de flores e frutas. De seus ramos longos, cobertos com folhas ferrugíneas, pendem frutas felpudas, escuras e ovais. Cada fruta pesa entre 1 e 1,5 quilo. No começo você pode torcer o nariz para o cheiro forte dessa fruta. Mas a polpa branca, cheirosa e ácida é excelente para fazer sorvete e outras sobremesas.
Se algum dia você visitar o Brasil, experimente suas muitas frutas de sabor inigualável. As sorveterias nas grandes cidades do Brasil estão acrescentando mais e mais sabores tropicais à sua lista. É verdade que pode dar um nó na língua pedir sorvetes com nomes como jaca, umbu, biribá, buriti, mangaba, murici, sapoti, cajarana, graviola, maracujá ou jabuticaba. Mas o sabor agradará seu paladar!

O nutritivo açaí

O açaizeiro (Euterpe oleracea), uma palmeira tropical fina, floresce nas várzeas úmidas e nas zonas alagadas especialmente nas desembocaduras dos rios Amazonas e Tocantins, no Estado do Pará. Na costa atlântica do Brasil, ele cresce do Estado do Pará até o Estado da Bahia. Quando você está no território do açaí, é provável que seus pés estejam dentro da água e sinta a testa transpirando com o calor. O tronco fino, mas forte, da palmeira do açaí chega a mais de 20 metros de altura e tem uma coroa de folhas na copa.
De agosto a dezembro, a palmeira fica carregada. Ela produz de seis a oito cachos, cada um com 700 a 900 frutos do tamanho de uma cereja. Mas como se colhe o açaí? Alguns escaladores trançam fibras de açaizeiros menores e fazem uma correia. O escalador coloca os pés na correia e a aperta contra o tronco. Com os pés bem presos ao tronco da árvore, coloca as mãos acima da cabeça e se arrasta para cima movendo os pés amarrados. Ele sobe cada vez mais alto até atingir a copa onde corta um cacho. Será que joga o cacho para baixo? Não, isso poderia estragar a fruta. Ele desce da mesma maneira que subiu, só que agora equilibrando o cacho.
Como se prepara o açaí? Eduardo, um jovem do Pará, explica: “Minha mãe colocava o açaí em uma panela com água morna. Daí, ela mexia a fruta até que a pele e uma fina camada de polpa azul escura se separavam dos caroços grandes.” A fruta tem um alto teor calórico e é rica em ferro, cálcio, fósforo, potássio e vitaminas B1 e B2. Não é à toa que o açaí é procurado por atletas que querem ficar mais fortes, e por mães que reconhecem suas qualidades nutritivas. Muitos brasileiros gostam de tomar açaí misturado com água, açúcar e amido de mandioca, conhecido como tapioca. Eduardo gosta de usar o açaí como condimento para camarões secos e mandioca. O açaí também é triturado em água quente e passado numa peneira, produzindo um líquido aromático espesso, que é servido como suco. Isso, porém, não é tudo o que pode ser feito com o açaí.
A palmeira do açaí tem mais utilidades. O palmito, uma substância macia e branca encontrada no caule (também conhecido como meristema apical), é uma das delícias favoritas usadas em saladas. Das raízes são extraídos extratos contra vermes e as fibras são usadas para fazer vassouras. As folhas alimentam animais ou são usadas na fabricação de papel e o tronco fornece excelente madeira para construção.

As frutas exóticas da Amazônia

DO REDATOR DE DESPERTAI! NO BRASIL
AÇAÍ, BACURI E CUPUAÇU. Sabe o que significam essas palavras? Se você mora no Brasil talvez saiba. São os nomes de três frutas exóticas da região amazônica. Os brasileiros apreciam o sabor ímpar dessas frutas especialmente em sobremesas geladas. Mas elas também são usadas de outras maneiras. Vamos conhecer essas notáveis frutas da floresta.

Coma frutas todo dia

Comer frutas frescas todo dia está associado com a redução no risco de contrair doenças cardíacas, revelou um estudo de 17 anos feito com 11.000 pessoas, publicado na revista British Medical Journal. Entre os que participaram do estudo e que comiam frutas frescas todo dia, houve 24% menos mortes por ataque cardíaco e 32% menos mortes por derrame. Dos que comiam frutas diariamente, a incidência de mortes foi 21% menor em comparação com os que comiam frutas com menos freqüência. Dietas deficientes em frutas frescas podem contribuir para o aumento de doenças vasculares, como derrame e doenças cardíacas, em determinados segmentos da população, diz uma equipe de cientistas britânicos e espanhóis. Para o maior benefício para a saúde, os pesquisadores recomendam agora comer pelo menos cinco porções de hortaliças e frutas por dia. Se não houver disponíveis frutas e hortaliças frescas, as congeladas podem proporcionar benefícios similares, de acordo com a British Medical Journal.

Um fruto notável

Além da cor excepcional, esses frutos têm também alto valor nutritivo. As tarocco são as campeãs de vitamina C entre todos os citros. Um fruto do tamanho médio é suficiente para suprir a quantidade diária recomendada de vitamina C. As laranjas sanguíneas trazem inúmeros outros benefícios à saúde. Para se mencionar apenas alguns, um copo de suco concentrado, tomado logo após o preparo, além de ser delicioso é saudável e fornece carboidratos simples, energéticos, sais minerais e fibras prontamente assimilados pelo organismo. Não é de admirar que os citricultores sicilianos se empenhem em proteger seu produto exclusivo e em promover o seu consumo.
Para os conhecedores, esses frutos sicilianos estão “entre as melhores laranjas servidas como sobremesa por causa de seu sabor forte, equilíbrio ideal de acidez e doçura, e porque deixam um sabor agradável na boca”. Quem sabe um dia você terá a oportunidade de saborear uma delas e dar a sua opinião a respeito.
Embora ela tenha surgido em tempos relativamente recentes, a laranja sanguínea é apenas um exemplo de uma enorme variedade de alimentos deliciosos que os atos criativos de Deus tornaram disponível para a alegria do homem. Assim, para todos os que apreciam a generosidade de Deus, até mesmo as ‘árvores frutíferas louvam o nome de Jeová’. — Salmo 148:9, 13; Gênesis 1:29.

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Por que é vermelha?

Todas as laranjas contêm caroteno, o mesmo pigmento laranja-amarelado que dá a cor característica à gema do ovo e à cenoura. O que é incomum nas laranjas sanguíneas das variedades moro, tarocco e sanguinello é que elas desenvolvem um pigmento vermelho chamado antocianina, que confere a característica tonalidade vermelha às frutas maduras. Mas se você transplantar um pé de laranja sanguínea das províncias de Catânia, Siracusa e Enna para outro lugar, o fruto poderá não ser necessariamente vermelho. Qual a explicação? O que há de especial nessa parte do leste da Sicília?
Ainda não se esclareceram todos os fatores envolvidos na formação da antocianina nas laranjas sanguíneas da Sicília. Não se sabe se o solo tem alguma influência na pigmentação dos frutos. Outros fatores podem favorecer ou inibir a síntese do pigmento vermelho à medida que os frutos amadurecem. Tem-se observado, por exemplo, que a laranja começa a avermelhar quando a temperatura é fria à noite e de dia há intensa luminosidade. Quanto ao sabor da fruta, o sol abundante garante a quantidade certa de açúcares simples, ao passo que chuvas escassas contribuem para que os frutos adquiram um sabor forte e concentrado.
Sugere-se que essa combinação exclusiva de fatores seja responsável pelas características ímpares das laranjas sanguíneas sicilianas. Variedades similares têm sido cultivadas em outras partes do sul da Itália, bem como na Espanha, no Marrocos, na Flórida e na Califórnia, mas, segundo consta, em nenhum lugar se conseguiu reproduzir todas as características das laranjas sanguíneas da Sicília.

A laranja que não é laranja



DO REDATOR DE DESPERTAI! NA ITÁLIA
QUANDO é que a laranja não é laranja? Parece um trocadilho, mas não é. Na Sicília, ilha da Itália, a resposta óbvia a essa pergunta é: “Quando ela é vermelha!”
Estamos falando da laranja sanguínea siciliana, assim chamada por causa da cor forte da polpa, que pode variar de laranja com veios rubi ou carmesim, a cor de escarlate intensa ou quase negra. A casca é alaranjada, com leve tom avermelhado ou roxo, e a fragrância é de dar água na boca. O sabor forte, ao mesmo tempo ácido e doce, lembra, segundo alguns, a framboesa.
Os citros são cultivados na Itália desde os tempos antigos. A laranja amarga provavelmente é originária da Ásia e foi introduzida na Sicília por volta do quarto século EC. A laranja doce foi trazida para a Europa pelos portugueses nos séculos 14 e 15 e daqui foi levada para as Américas junto com outras variedades de frutas cítricas. A laranja sanguínea da Sicília só foi classificada no início do século 20.