sábado, 18 de setembro de 2010

“Cápsulas” naturais de vitamina C

A acerola, também conhecida no Peru como cereja da selva, é uma fruta agridoce de uns dois centímetros de diâmetro, mas tem 50 vezes mais vitamina C do que a laranja e 100 vezes mais do que o limão. A Universidade Nacional de San Martín, em Tarapoto, no Peru, realizou estudos sobre a fruta e descobriu que 100 gramas de polpa do limão mais ácido têm 44 miligramas de ácido ascórbico, ao passo que a mesma quantidade de acerola tem 4.600 miligramas. Em outras palavras, apenas quatro dessas “cápsulas” naturais, ou frutinhas, fornecem a demanda diária de vitamina C para um adulto. O jornal El Comercio relatou que há planos de se tentar cultivar e comercializar a acerola, “uma fruta altamente perecível”, como alternativa ao cultivo da coca.

Novos frutos procedentes dos antigos

Do correspondente de “Despertai!” nas Ilhas Britânicas

ACHAM-SE disponíveis, hoje, frutas em surpreendente variedade. E que diferença de sabor! Há maçãs ácidas que podem ser descritas como ‘tão ácidas a ponto de acabar com o fio duma faca’, palavras usadas há cerca de dois mil anos atrás pelo naturalista Plínio. Muitas outras variedades de maçãs, porém, são verdadeiro deleite para o paladar, e a escolha da pessoa não se restringe a apenas um punhado. Ora, há mais de cem anos, um livro sobre frutas, publicado nos Estados Unidos, alistava 1.823 variedades diferentes! Todavia, todas elas, com suas caraterísticas distintivas, descendiam de ancestrais comuns. Novos tipos de frutos deveras procedem de variedades antigas. Como se conseguiu isto?

À medida que os homens ganharam experiência na agricultura, sem dúvida foram mais seletivos nas sementes guardadas para plantio futuro, selecionando as dos maiores cachos de uvas, das maçãs mais doces, das maiores azeitonas e coisas semelhantes. Gradualmente, isto produziu tipos que eram cada vez mais distintos das variedades silvestres.

O cruzamento deliberado para combinar as caraterísticas desejáveis de diferentes frutas-mães é um passo mais recente. Nem sempre é fácil produzir novos frutos dos antigos, desse modo, conforme descobriu o Professor L. H. Bailey, em fins do século dezenove.

Bailey cruzou uma abóbora outonal de Bergen e um cabaceiro-amargoso, cruzando novamente o descendente com a abóbora. Em 1891, os frutos desta segunda geração eram parecidos com o de Bergen, tendo fina casca, semelhante a papel, que cobria grossa e atraente polpa amarela. A casca protegia o fruto do manuseio bruto e da geada. A polpa cozinhava bem. “Mas o sabor”, lamentou Bailey, “era de sedimentos de quinino, de fel e eupatório! O cabaceiro-amargoso ainda estava ali.”

Desde então, o homem já aprendeu muita coisa. Pelo menos existem cinco modos de produzir variedades aprimoradas de frutos.

Por Que não Há Maçãs Frescas?

Alto nível de bióxido de carbono no ar, nos depósitos de maçãs, retarda a decomposição. Mas, isto “também levou ao costume deplorável de quase nunca mais se vender uma maçã fresca”, escreve o professor de biologia de Yale, Arthur W. Galston, em Natural History. “As frutas mais velhas, estocadas, são vendidas primeiro, ao passo que as frutas mais recentemente colhidas são colocadas em depósito com elevado bióxido de carbono. . . . o produto estocado, ao passo que não apodrece, não tem o sabor e o aroma caraterísticos da fruta fresca.”

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A Colheita

A colheita começa em julho ou agosto, no hemisfério norte. Mas as primeiras variedades a serem colhidas, tais como a James Grieve ou a transparent, não podem ser armazenadas por muito tempo. Devem ser consumidas logo, cruas ou cozidas. Mas elas aguçam o nosso apetite para o que vem depois: dourada, deliciosa, Jonathan, McIntosh, romana, verde — para mencionar apenas algumas entre milhares de variedades.

As maçãs devem ser colhidas em tempo bom. Devem ser apanhadas com cuidado, para não danificar os raminhos novos e suas folhas. Quando a maçã está realmente madura, basta um leve giro para desprendê-la do galho. É importante cuidar que a haste não seja arrancada da maçã, pois isso causaria uma lesão que prejudicaria a sua durabilidade.

Variedades que amadurecem mais tarde devem ser deixadas no pé pelo prazo mais longo possível — se o tempo permitir. Se, por causa de um frio antecipado, as maçãs congelarem no pé, deve-se colhê-las só depois de descongelarem. Elas suportam temperaturas de até alguns graus abaixo do ponto de congelamento, dependendo de seu estágio de amadurecimento e seu teor de açúcar, mas, uma vez congeladas e descongeladas, não podem ser armazenadas. Devem ser logo transformadas em suco, compota ou vinagre; não podem ser secadas.