sábado, 18 de setembro de 2010

“Cápsulas” naturais de vitamina C

A acerola, também conhecida no Peru como cereja da selva, é uma fruta agridoce de uns dois centímetros de diâmetro, mas tem 50 vezes mais vitamina C do que a laranja e 100 vezes mais do que o limão. A Universidade Nacional de San Martín, em Tarapoto, no Peru, realizou estudos sobre a fruta e descobriu que 100 gramas de polpa do limão mais ácido têm 44 miligramas de ácido ascórbico, ao passo que a mesma quantidade de acerola tem 4.600 miligramas. Em outras palavras, apenas quatro dessas “cápsulas” naturais, ou frutinhas, fornecem a demanda diária de vitamina C para um adulto. O jornal El Comercio relatou que há planos de se tentar cultivar e comercializar a acerola, “uma fruta altamente perecível”, como alternativa ao cultivo da coca.

Novos frutos procedentes dos antigos

Do correspondente de “Despertai!” nas Ilhas Britânicas

ACHAM-SE disponíveis, hoje, frutas em surpreendente variedade. E que diferença de sabor! Há maçãs ácidas que podem ser descritas como ‘tão ácidas a ponto de acabar com o fio duma faca’, palavras usadas há cerca de dois mil anos atrás pelo naturalista Plínio. Muitas outras variedades de maçãs, porém, são verdadeiro deleite para o paladar, e a escolha da pessoa não se restringe a apenas um punhado. Ora, há mais de cem anos, um livro sobre frutas, publicado nos Estados Unidos, alistava 1.823 variedades diferentes! Todavia, todas elas, com suas caraterísticas distintivas, descendiam de ancestrais comuns. Novos tipos de frutos deveras procedem de variedades antigas. Como se conseguiu isto?

À medida que os homens ganharam experiência na agricultura, sem dúvida foram mais seletivos nas sementes guardadas para plantio futuro, selecionando as dos maiores cachos de uvas, das maçãs mais doces, das maiores azeitonas e coisas semelhantes. Gradualmente, isto produziu tipos que eram cada vez mais distintos das variedades silvestres.

O cruzamento deliberado para combinar as caraterísticas desejáveis de diferentes frutas-mães é um passo mais recente. Nem sempre é fácil produzir novos frutos dos antigos, desse modo, conforme descobriu o Professor L. H. Bailey, em fins do século dezenove.

Bailey cruzou uma abóbora outonal de Bergen e um cabaceiro-amargoso, cruzando novamente o descendente com a abóbora. Em 1891, os frutos desta segunda geração eram parecidos com o de Bergen, tendo fina casca, semelhante a papel, que cobria grossa e atraente polpa amarela. A casca protegia o fruto do manuseio bruto e da geada. A polpa cozinhava bem. “Mas o sabor”, lamentou Bailey, “era de sedimentos de quinino, de fel e eupatório! O cabaceiro-amargoso ainda estava ali.”

Desde então, o homem já aprendeu muita coisa. Pelo menos existem cinco modos de produzir variedades aprimoradas de frutos.

Por Que não Há Maçãs Frescas?

Alto nível de bióxido de carbono no ar, nos depósitos de maçãs, retarda a decomposição. Mas, isto “também levou ao costume deplorável de quase nunca mais se vender uma maçã fresca”, escreve o professor de biologia de Yale, Arthur W. Galston, em Natural History. “As frutas mais velhas, estocadas, são vendidas primeiro, ao passo que as frutas mais recentemente colhidas são colocadas em depósito com elevado bióxido de carbono. . . . o produto estocado, ao passo que não apodrece, não tem o sabor e o aroma caraterísticos da fruta fresca.”

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A Colheita

A colheita começa em julho ou agosto, no hemisfério norte. Mas as primeiras variedades a serem colhidas, tais como a James Grieve ou a transparent, não podem ser armazenadas por muito tempo. Devem ser consumidas logo, cruas ou cozidas. Mas elas aguçam o nosso apetite para o que vem depois: dourada, deliciosa, Jonathan, McIntosh, romana, verde — para mencionar apenas algumas entre milhares de variedades.

As maçãs devem ser colhidas em tempo bom. Devem ser apanhadas com cuidado, para não danificar os raminhos novos e suas folhas. Quando a maçã está realmente madura, basta um leve giro para desprendê-la do galho. É importante cuidar que a haste não seja arrancada da maçã, pois isso causaria uma lesão que prejudicaria a sua durabilidade.

Variedades que amadurecem mais tarde devem ser deixadas no pé pelo prazo mais longo possível — se o tempo permitir. Se, por causa de um frio antecipado, as maçãs congelarem no pé, deve-se colhê-las só depois de descongelarem. Elas suportam temperaturas de até alguns graus abaixo do ponto de congelamento, dependendo de seu estágio de amadurecimento e seu teor de açúcar, mas, uma vez congeladas e descongeladas, não podem ser armazenadas. Devem ser logo transformadas em suco, compota ou vinagre; não podem ser secadas.

Cultivo da maçã

A macieira produz melhor nas zonas temperadas. E é cultivada desde tempos imemoriais. Macieiras e maçãs são mencionadas seis vezes na Bíblia. Os romanos as apreciavam e, nas suas muitas conquistas militares, levaram o cultivo de vários tipos de maçã a toda a Inglaterra e a outras partes da Europa. Os primitivos colonos americanos trouxeram sementes de maçã e macieiras da Inglaterra.

Por meio de muitas experiências, gerações de cultivadores melhoraram a qualidade das maçãs pelo cruzamento de espécies. Este, porém, não é um processo rápido. Produzir um novo tipo de maçã rentável pode levar 20 anos. Mas hoje, graças à perseverança de cultivadores, temos ao nosso dispor uma grande variedade de maçãs suculentas e coloridas.

“Uma maçã por dia garante uma vida sadia”

VEJA essas belas maçãs. Não são tentadoras? Com certeza, e sem dúvida por bons motivos. A maçã foi projetada para contribuir para seu bem-estar e boa saúde. Ela é uma das principais entre as muitas frutas próprias para alimento. Assim, ela o convida a saboreá-la, para seu próprio benefício.

A macieira pertence à família das rosáceas, como a pereira, o marmeleiro, o pilriteiro e a sorveira. A seiva dessas árvores é rica em açúcar. Seus frutos fragrantes se apresentam em várias tonalidades de verde, amarelo e vermelho, com sabores que vão do ácido ao doce.

Entre 17 e 18 milhões de toneladas de maçãs são produzidos anualmente em todo o mundo. Nos Estados Unidos, cerca da metade são comidas cruas. O restante entra na feitura de pasta, suco, molhos, geléia, aguardente (conhaque), sidra, tortas, doces, vinagre, vinho, e assim por diante. Na Europa, uma fração maior da colheita vai para a produção de sidra, vinho e aguardente. Cerca de um quarto da produção mundial é usado na produção de sidra.

Mas muito antes de seu fruto tornar-se agradável ao nosso paladar, a macieira em flor é um deleite para os olhos. Ela é coberta de tantas flores brancas com bordas rosadas que, se todas elas se desenvolvessem em maçãs, a árvore não suportaria o peso. Uma tempestade de início de verão em geral cuida de varrer parte das flores.

domingo, 29 de agosto de 2010

Por que “frutinha que pula”?

Se você cortar ao meio um cranberry maduro, notará que ele tem por dentro quatro bolsas de ar. Essas bolsas têm duas utilidades para os plantadores que comercializam os cranberries. Primeiro, em vez de terem o trabalho de colher as frutas manualmente, os plantadores podem inundar os campos e agitar as plantas com a ajuda de máquinas, o que faz com que as frutinhas maduras se soltem. Daí, por causa das bolsinhas de ar, elas bóiam. Depois disso, eles tiram as frutinhas da superfície com uma pá e as selecionam.

O segundo benefício das bolsas de ar foi descoberto por plantadores de cranberry no final do século 19. Diz a lenda que um plantador derrubou acidentalmente um balde de frutinhas numa escadaria e ficou perplexo ao ver que as melhores foram pulando até o fim da escada, ao passo que as moles ou podres pararam nos degraus. As bolsas de ar nas frutas de melhor qualidade fizeram com que elas pulassem, iguais a pneus inflados. As de qualidade inferior eram como pneus vazios.

Em 1881 surgiram as primeiras máquinas que fizeram bom uso da capacidade de pular da frutinha. Hoje, máquinas que fazem a seleção das frutas ainda usam esse método — fazem as boas pular sobre uma barreira e as recolhem para ser vendidas. As que estão moles caem pela máquina e são usadas para fazer suco ou geléias.

Em pântanos especialmente preparados através do nordeste e noroeste dos Estados Unidos e no Canadá, os agricultores produzem mais de 250 milhões de quilos de cranberries num único ano. Se você nunca provou essa frutinha azeda, por que não experimenta? Ela tem muitas vitaminas e minerais, e é cheia de antioxidantes que podem protegê-lo contra doenças cardíacas e câncer. Podem até fazer você pular de tanta energia.

Já provou a frutinha que pula?

Do redator de Despertai! no Canadá

O AGRICULTOR espalha enxofre pelo solo, deixando-o mais acidífero. No outono, à medida que a safra amadurece, ele inunda os campos. Depois da colheita, ele deixa a frutinha cair para ver se ela pula.

Será que o agricultor enlouqueceu? Pelo contrário, seu comportamento aparentemente destrutivo garante que o produto seja da mais alta qualidade. Ele cultiva cranberries. Gostaria de saber mais sobre essas frutinhas resistentes?

Um Pouco de História da Manga

Parece que a manga originalmente crescia em forma silvestre na parte sul-oriental da Ásia. Chegou à América em algum tempo por volta do século XVIII. Em 1900, o governo dos EUA introduziu variedades indonésias e filipinas, populares por não terem quase fibras, e vicejaram no sul da Flórida. A manga Manila é uma forte favorita. Tem casca amarelo brilhante, deliciosa polpa tenra e caroço bem fino — todos sendo características recomendáveis do ponto de vista da comercialização.

Na costa noroeste do México há muitas variedades de mangas que foram cruzadas com outras frutas para produzir ainda maior variedade. Por exemplo, pode-se obter a manga abacaxi, a manga pêssego, e assim por diante. No sul há a variedade conhecida como petacón — muito grande, cerca do tamanho de uma grande beringela, e pesando mais de 450 gramas. Também há a deliciosíssima manga Paraíso, da vizinhança de Acapulco, bem similar à petacón, mas tendo casca muito mais atraente, uma mistura de ricas cores do outono.

Uma vez tenha comido um pêssego com sua casca, terá alguma idéia do problema encarado ao desejar comer uma manga da mesma forma. Alguns adultos e a maioria das crianças, depois de comerem manga desta maneira, parecem que lavaram o rosto com a fruta. Para evitar isto, há garfos especiais disponíveis, e algumas pessoas se tornam tão experientes em usá-los que não cai nem uma gota de sumo de manga em sua face ou no seu prato. É uma arte. Naturalmente, pode também ser comida com sorvete ou em forma de conserva. E não se acha além da possibilidade que as pessoas dentro em breve peçam um ‘manga split em vez do familiar ‘banana split’.

Pode-se comprar essa fruta aos quilos, em pilhas de quatro ou cinco, ou em caixas. Quando se compra uma caixa, obtém-se mangas de todos os tamanhos. Na época da colheita, os preços são bem razoáveis, e a manga se torna a sobremesa popular. Os vendedores de manga não se limitam tampouco ao mercado. Pode vê-los, fintando o trânsito nos cruzamentos, procurando interessar os motoristas em sua deliciosa mercadoria.

Até mesmo sem se considerar seu fruto delicioso, a mangueira sempre será popular, pois é tanto ornamental como fornecedora de sombra bem-vinda. A casca e a resina têm ambas propriedades medicinais. Como madeira, a mangueira não é muito popular, pois apodrece facilmente. E, naturalmente, o próprio fato que a geada a mata prontamente a limita às áreas tropicais e subtropicais. Afirma-se que em partes da Ásia esta árvore já tem sido cultivada pelo homem pelo menos há 4.000 anos.

Imagine só uma mangueira madura, de uns 15 metros de altura, belamente simétrica, e carregada de milhares de mangas douradas que sobressaem no meio da folhagem escura. Não lhe faz lembrar o alvorecer da história humana, quando “ Deus fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento”? (Gên. 2:9) Quão considerado para com as necessidades humanas tem sido o grande Criador! A luz solar, a chuva, e todos os outros ingredientes para a produção de alimentos deleitosos são parte de Sua generosa provisão. A manga é mais uma das inumeráveis experiências gustativas providas para o gênero humano pelo Benfeitor que se deleita na felicidade e no bem-estar do homem.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A Mais Popular de Todas

O mamão, que também é encontrado nos subtrópicos, é provavelmente a fruta mais comum da mesa equatoriana. Embora alguns, por engano, talvez pensem que é um melão, não cresce em trepadeiras. Antes, cresce em grupos, no alto de árvores semelhantes às palmeiras. Os mamões variam de tamanho, os grandes chegando a pesar quase sete quilos ou mais.

Do lado de fora, a fruta tem cor verde-escura que gradualmente se transforma em amarela, em certas manchas, ao amadurecer. Lá dentro, a polpa é dum amarelo forte, ou às vezes, de cor laranja brilhante ou avermelhada. Diferente de muitas outras frutas, o mamão tem fruto oco, em que uma porção de sementes pretas estão presas à polpa, mas são facilmente retiradas. A polpa é doce e suculenta e mui deliciosa, a menos que aconteça pegar um ruim, com gosto forte e um tanto desagradável. Usualmente os menores tendem a ter sabor bem forte; os maiores têm melhor sabor.

As pessoas neste país comem bastante mamão, não apenas pelo simples prazer de comer a fruta, mas também por questões de saúde. Nos trópicos, o corpo da pessoa precisa de bastante líquido necessário duma forma mui pura e deleitosa. Daí, também, é excelente ajuda para o sistema digestivo. Pode-se facilmente provar isto pela simples ingestão de uma fatia ou duas de mamão depois de uma refeição pesada, e assim evitar os; desconfortos comuns sentidos depois da ingestão de muito alimento rico. Há razoável explicação médica para isto, também. As autoridades em nutrição verificaram que o mamão e rico numa enzima chamada “papaína”, que ajuda na digestão das proteínas.

Neste respeito, uma amiga nossa descreveu como ela faz bom uso desta propriedade do mamão de outra forma. Ela mergulha a carne no suco de mamão por algumas horas, preferivelmente a noite toda, e verifica que é excelente amaciador da carne. Isto também se deve à enzima presente nesta fruta tropical.

Bem, não somos mais recém-chegados a este lindo país tropical, que possui uma variedade de aves, de flores e de frutas. O que parecia no início serem frutas um tanto esquisitas e incomuns são agora grandes conhecidos nossos — velhos amigos cuja companhia apreciamos em sentido muito especial. Se quiser familiarizar-se mais com elas, por que não vem visitar-nos?

Apresentando Outras Frutas Estranhas

Pouco tempo depois, tivemos outra experiência agradável quando nos serviram pela primeira vez a badea. A badea cresce numa trepadeira e assemelha-se a pequena melancia, com casca tão brilhante que parece que acabou de ser encerada. Constitui também deliciosa bebida que sabe ao suco de abacaxi, mas sem a acidez do abacaxi. Nossa grande surpresa, contudo, surgiu quando verificamos que tal bebida estava cheia de sementes e nos mandaram engoli-las, assegurando-nos de que era a melhor parte. Mastigar tais sementes (cerca do tamanho das da melancia) dava à bebida um sabor completamente diferente, fazendo-nos lembrar certas uvas produzidas no hemisfério setentrional.

Em contraste com a naranjilla e a badea, a aparência exterior da chirimoya certamente não é atrativa. Tem cerca do tamanho e a forma duma bola de softball, dum verde embotado, e tem pele escamosa como a dum réptil. Assim, pode imaginar a surpresa que tivemos quando enfiamos pela primeira vez os dentes numa chirimoya e verificamos que tinha o sabor como de pêras maduras misturadas com creme e açúcar, apenas que eram mais macias! Muitos gostam de comer esta fruta fresca, mas outros preferem transformá-la em sorvete. De qualquer jeito, é preciso admitir que não se pode julgar a chirimoya despretensiosa por sua casca, assim como não se pode julgar um livro pela sua capa

Certo dia, quando passávamos pelo carrinho dum vendedor, um amigo nosso parou e comprou o que se chama de guabas. São compridas, verdes e achatadas, e são tão curvas como a bainha dum sabre. Tomando a guaba em sua mão, nosso amigo deu com ela contra a parede do prédio a fim de romper sua casca dura. E, eis que lá dentro havia uns doze ou vinte glóbulos de algodão branco como a neve, cada glóbulo contendo uma grande e brilhante semente preta. O agradável sabor doce da guaba é bastante convincente: esta deve ser a original bala de algodão dos trópicos!

Provavelmente, o tratamento mais popular para pequenos males do fígado aqui no Equador seja uma bebida feita da fruta chamada tamarindo. E, caso procure o tamarindo no mercado, procure o que se parece a grandes feijões em vagens marrons com de 15 a 20 centímetros. Daí, lá dentro, ao invés de feijões, conforme esperava, a vagem está cheia duma substância pegajosa que se parece muito com a polpa das ameixas, e, naturalmente, há caroços. A bebida feita desta fruta é bastante agradável, um tanto parecida com a cidra de maçã. Mas, lembre-se, é um laxativo brando. No entanto, se for isso que desejar, concordará que certamente é um remédio de ótimo sabor!

MIRTILO (Vaccinium myrtillus)

  Essa fruta doce e popular também é chamada de mirtilo europeu. Os mirtilos são freqüentemente usados para preparar molhos, pudins, geléias ou sucos. Também servem para fazer tortas, como a torta de mirtilo. Mirtilos frescos ficam deliciosos em especial com leite. Mas não tente comer escondido as delícias feitas de mirtilo, pois ele costuma deixar a boca e os lábios azuis. É também conhecido como fruta da fofoca.

Sirva-se das delícias da floresta

DO REDATOR DE DESPERTAI! NA FINLÂNDIA

NOS PAÍSES nórdicos da Europa, muitas famílias gostam de se aventurar nas florestas para apanhar frutas silvestres. Na Finlândia, por exemplo, amantes da floresta têm livre acesso à natureza, podendo caminhar até mesmo em propriedades particulares, desde que não causem danos ou se aproximem muito das casas. O direito de livre acesso às florestas não está escrito na lei, mas é uma antiga tradição escandinava. Permite às pessoas apanhar flores e frutas silvestres e cogumelos em praticamente qualquer lugar que cresçam.

Cerca de 50 espécies de frutas silvestres crescem nas florestas da Finlândia e a maioria delas é comestível. Os três tipos mais comuns são mirtilos, amoras-brancas-silvestres e amoras alpinas. — Veja os quadros.

Frutas silvestres de várias cores e sabores dão variedade aos alimentos e são muito saudáveis. “As frutas silvestres nórdicas que crescem nas longas horas do dia [no verão] são ricas em cores, aromas, vitaminas e minerais”, diz o livro Luonnonmarjaopas (Guia das Frutas Silvestres). Além disso, essas frutas contêm fibras, que podem ajudar a equilibrar o nível de açúcar no sangue e reduzir o colesterol. Também contêm flavonóides, compostos de fenol que, segundo se acredita, contribui para a boa saúde.

Será que vale a pena todo o esforço para apanhar essas frutas nas florestas? Jukka, que é apaixonado por apanhar frutas na floresta, diz: “Como elas custam caro nos mercados, fazer isso nos ajuda a economizar. E quando você mesmo apanha as frutas, sabe que estão frescas.” A esposa de Jukka, Niina, fala sobre outra vantagem: “Apanhar essas frutas nos dá a oportunidade de fazer um agradável piquenique com a família na floresta.”

“Mas se houver crianças com você, é bom ficar de olho nelas para que não comam frutas desconhecidas ou se percam na floresta”, acrescenta Niina. É preciso ter cuidado, pois algumas frutas são venenosas.

Como a maioria dos nórdicos, Jukka e Niina gostam muito do ambiente que as florestas proporcionam. “Amo a floresta”, diz Niina. “É um lugar de agradável tranqüilidade, com ar puro e fresco. Sinto-me revigorada. As crianças também se sentem felizes ali.” Jukka e Niina descobriram que a tranqüilidade da floresta é o lugar perfeito para meditação e conversas em família.

As frutas silvestres são mais saborosas e têm maior valor nutricional logo que são apanhadas e estão frescas. Mas não continuam frescas por muito tempo. Para saboreá-las no inverno, é necessário colocá-las em conserva. No passado, as pessoas costumavam estocá-las em celeiros, mas agora são geralmente guardadas no freezer. Muitas frutas silvestres servem para fazer geléias e sucos.

“Nos dias mais frios do inverno, que delícia é abrir essas compotas e desfrutar das lembranças conservadas do último verão, despertando em nós o anseio pela chegada do próximo verão”, diz apropriadamente um escritor sueco no Svenska Bärboken (Livro das Frutas Silvestres da Suécia). As frutas silvestres são usadas de muitas maneiras. No café da manhã, elas vão bem com iogurte, granola ou mingau de cereal. Frutas frescas apanhadas na floresta são usadas para preparar deliciosas sobremesas e tortas. E um purê ou uma geléia dessas frutas é um acompanhamento colorido para vários pratos.

Muitas pessoas compram frutas silvestres no mercado local. Mas imagine-se na floresta num dia de céu claro, respirando ar puro e sentindo paz e tranqüilidade enquanto procura frutas silvestres doces e coloridas. Servir-se dessas delícias assim não é nada mal! Isso nos faz lembrar das palavras do salmista: “Quantos são os teus trabalhos, ó Deus! A todos eles fizeste em sabedoria. A terra está cheia das tuas produções.” — Salmo 104:24.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O bacuri e o cupuaçu

O bacuri (Platonia insignis) é uma árvore ornamental, de 20 a 30 metros de altura. A copa tem a forma de um cone de cabeça para baixo. A fruta, de formato oval e casca grossa amarelo-citrina, é quase do tamanho de uma laranja. A polpa branca e viscosa que envolve as sementes é agridoce e perfumada. Essa polpa suculenta está cheia de fósforo, ferro e vitamina C. Os brasileiros misturam o bacuri em xaropes, geléias, compotas e refrescos. As amêndoas, oleosas e avermelhado-escuras, são utilizadas no tratamento de várias doenças de pele. A madeira amarela do bacurizeiro é usada em construção.

O cupuaçu (Theobroma grandiflorum) é parente do conhecido cacaueiro (Theobroma cacao). A gordura nas sementes do cupuaçu é semelhante à manteiga de cacau, usada para fazer chocolate. Embora o cupuaçu cresça naturalmente no ambiente quente e úmido da bacia amazônica, é cultivado em todo o Brasil. A árvore se adaptou bem especialmente no Estado litorâneo do Espírito Santo.

Primeiro, o cupuaçueiro cria uma casca castanho-escura que é forte o suficiente para ser usada como madeira. Então, em seu oitavo ano de vida, a árvore produz cachos de flores e frutas. De seus ramos longos, cobertos com folhas ferrugíneas, pendem frutas felpudas, escuras e ovais. Cada fruta pesa entre 1 e 1,5 quilo. No começo você pode torcer o nariz para o cheiro forte dessa fruta. Mas a polpa branca, cheirosa e ácida é excelente para fazer sorvete e outras sobremesas.

Se algum dia você visitar o Brasil, experimente suas muitas frutas de sabor inigualável. As sorveterias nas grandes cidades do Brasil estão acrescentando mais e mais sabores tropicais à sua lista. É verdade que pode dar um nó na língua pedir sorvetes com nomes como jaca, umbu, biribá, buriti, mangaba, murici, sapoti, cajarana, graviola, maracujá ou jabuticaba. Mas o sabor agradará seu paladar!

O nutritivo açaí

O açaizeiro (Euterpe oleracea), uma palmeira tropical fina, floresce nas várzeas úmidas e nas zonas alagadas especialmente nas desembocaduras dos rios Amazonas e Tocantins, no Estado do Pará. Na costa atlântica do Brasil, ele cresce do Estado do Pará até o Estado da Bahia. Quando você está no território do açaí, é provável que seus pés estejam dentro da água e sinta a testa transpirando com o calor. O tronco fino, mas forte, da palmeira do açaí chega a mais de 20 metros de altura e tem uma coroa de folhas na copa.

De agosto a dezembro, a palmeira fica carregada. Ela produz de seis a oito cachos, cada um com 700 a 900 frutos do tamanho de uma cereja. Mas como se colhe o açaí? Alguns escaladores trançam fibras de açaizeiros menores e fazem uma correia. O escalador coloca os pés na correia e a aperta contra o tronco. Com os pés bem presos ao tronco da árvore, coloca as mãos acima da cabeça e se arrasta para cima movendo os pés amarrados. Ele sobe cada vez mais alto até atingir a copa onde corta um cacho. Será que joga o cacho para baixo? Não, isso poderia estragar a fruta. Ele desce da mesma maneira que subiu, só que agora equilibrando o cacho.

Como se prepara o açaí? Eduardo, um jovem do Pará, explica: “Minha mãe colocava o açaí em uma panela com água morna. Daí, ela mexia a fruta até que a pele e uma fina camada de polpa azul escura se separavam dos caroços grandes.” A fruta tem um alto teor calórico e é rica em ferro, cálcio, fósforo, potássio e vitaminas B1 e B2. Não é à toa que o açaí é procurado por atletas que querem ficar mais fortes, e por mães que reconhecem suas qualidades nutritivas. Muitos brasileiros gostam de tomar açaí misturado com água, açúcar e amido de mandioca, conhecido como tapioca. Eduardo gosta de usar o açaí como condimento para camarões secos e mandioca. O açaí também é triturado em água quente e passado numa peneira, produzindo um líquido aromático espesso, que é servido como suco. Isso, porém, não é tudo o que pode ser feito com o açaí.

A palmeira do açaí tem mais utilidades. O palmito, uma substância macia e branca encontrada no caule (também conhecido como meristema apical), é uma das delícias favoritas usadas em saladas. Das raízes são extraídos extratos contra vermes e as fibras são usadas para fazer vassouras. As folhas alimentam animais ou são usadas na fabricação de papel e o tronco fornece excelente madeira para construção.

As frutas exóticas da Amazônia

DO REDATOR DE DESPERTAI! NO BRASIL

AÇAÍ, BACURI E CUPUAÇU. Sabe o que significam essas palavras? Se você mora no Brasil talvez saiba. São os nomes de três frutas exóticas da região amazônica. Os brasileiros apreciam o sabor ímpar dessas frutas especialmente em sobremesas geladas. Mas elas também são usadas de outras maneiras. Vamos conhecer essas notáveis frutas da floresta.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Outras, Cruas ou Cozidas

Entre outros legumes que resultam em saladas saborosas acham-se os pepinos, cortados em rodelas — não se preocupe em descascá-los. São especialmente deliciosos com creme azedo. Os tomates cortados em fatias finas e servidos junto com cebolas picadas também constituem excelente salada. E o que dizer de cenouras raladas, servidas junto com passas de Corinto ou passas de uva?

A salada de repolho cru, feita de repolho roxo ou verde cortado em pedaços, é tanto econômica como rica fonte de vitamina C. Para ter variedade, corte o repolho em fatias finas e adicione cebola bem picada ou cenoura ralada. Relacionada de perto com a salada de repolho cru é a salada de chucrute. Corte as fatias em pedacinhos e adicione cubinhos de maçãs e/ou cubinhos de cebolas, e terá uma saudável salada que pode ser preparada o ano inteiro. Numa classe ímpar acha-se a salada de maçã e cebolas, quer em fatias ou picadas, à qual se adicionou um molho, tal como o de maionese.

Entre outros legumes que servem como saladas, acha-se a beterraba. Sirva-as com rodelas de cebola ou cebola picada, ou agridoce com sementes de erva-doce, um petisco europeu.

Não deve ser despercebida a salada de vagens. A qualquer tempo pode ocupar o lugar da salada de verdura. Sirva-a com cebolas bem picadinhas.

Naturalmente, alguns legumes tomam o lugar das saladas sem qualquer preparo especial, tais como rabanetes, bastões de cenouras, raminhos de aipo e cebolinha.

Algo Leve — as Saladas de Verduras

As saladas de verduras são muito recomendáveis. Contêm uma abundância de valiosos minerais, vitaminas e enzimas, indispensáveis ao bem-estar físico, e, assim, são chamadas de “alimentos protetores”. As saladas também cumprem saudável propósito no sentido que provêem volume, por causa de sua celulose, o que ajuda a evitar a prisão de ventre.

Atualmente, os pesquisadores chegam cada vez mais à conclusão de que muitas doenças degenerativas que afligem o homem moderno são devidas a que as pessoas comem alimentos ricos demais, e os comem em excesso. Por servir saladas de verduras e de outros legumes, as donas de casa podem ajudar a família a evitar tal tendência moderna. As crianças, é verdade, amiúde desprezam tais alimentos, preferindo doces. Mas, os pais sábios não permitirão que seus filhos façam o que bem entendem nestes assuntos, porém os treinarão a comer tais “alimentos protetores”. Afinal de contas, quando as crianças ficam doentes, a carga recai sobre os pais.

Muitas, deveras, são as verduras que podem ser comidas em saladas. Entre estas se acham as folhas de beterraba, os raminhos de cenoura (quando novos e tenros), aipo, chicória, folhas de dentes-de-leão, endívia, escarola, alface, folhas de nabo e agrião.

Aumente o sabor e o valor alimentício de tais saladas por adicionar rodelas de cebola, ou cebola picada, pedaços de bacon, cubinhos de pão torrado, rodelas de rabanete vermelho ou branco, cogumelos em rodelas, pedacinhos de couve-flor crua, rodelas de pimentão vermelho ou verde, salsa, tomates, azeitonas verdes ou pretas. Na verdade, as saladas custam dinheiro, e tais extras aumentam seu custo, mas, como certa mãe compreensiva se expressou: “É melhor gastar dinheiro com legumes do que em remédios, e é muito mais barato, também.” Sim, seja lá o que for que fizer para tornar mais deliciosas as saladas, provavelmente também as torne mais nutritivas.

Saladas — são muito variadas

TODA boa dona de casa se preocupa em agradar o paladar de sua família por fazer pratos deliciosos. E ela se preocupa em prover-lhes refeições saudáveis. As saladas são de grande ajuda em conseguir alcançar estes dois alvos.

As saladas cumprem vários propósitos. Além de seu valor nutritivo, que pode ser considerável, dão sabor e variedade às suas refeições. Podem talvez poupar-lhe trabalho em preparar refeições, bem como reduzir seu custo, e são especialmente bem recebidas nos dias quentes.

Grande, deveras, é a variedade de saladas que pode preparar. As principais, por certo, são os muitos tipos de saladas que consistem mormente de verduras ou de outros legumes, mas há também muitos outros. Há saladas que fornecem proteínas, e as que consistem em alimentos amiláceos. Há também saladas feitas com gelatina e as de frutas.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

As Saladas de Proteínas e de Amiláceos

Para muitas cozinheiras, uma de tais saladas, junto com uma proteína, um amiláceo, e um legume cozido não amiláceo constitui a refeição mínima ideal. Mas, a salada bem que pode fornecer a proteína ou o amiláceo. Por exemplo, há a popular salada de galinha, ou as bem apreciadas saladas de atum, salmão, camarão ou de caranguejo. Feita com aipo ou outras verduras, ou com cebolas picadas, pode constituir um prato principal delicioso e nutritivo. Saladas de peixes fornecem abundante fósforo, tão essencial, segundo se crê, para o correto funcionamento de nosso sistema nervoso central.

Não se deve desperceber como salada, que fornece proteína, a salada de ovos, servida com aipo ou outros legumes. Não precisa, pelo que parece, preocupar-se indevidamente com seu colesterol, a menos que se seja grande comedor de carne.

Ainda outra salada de proteínas é feita de requeijão. Adicione-se cebolinho, cebolinha ou cebolas, cortadas em pedacinhos, bem como sementes de alcaravia para lhe dar sabor. Se gosta de salada doce, sirva-a junto com frutas, tais como abacaxis picados ou tâmaras em pedacinhos.

Talvez a mais econômica de todas as saladas de proteínas seja a feita de legumes, tais como feijões (branco, rosinha, feijão-de-lima, ou soja) ou lentilha. Naturalmente, estes precisam ser cozidos primeiro, e então servidos junto com cebola picada ou com condimento e/ou seu molho favorito para salada.

Quanto às saladas de amiláceos, a salada de batatas é a principal, e não fica muito atrás dela a salada de macarrão. Para obter a melhor espécie de salada de batatas, tente conseguir batatinhas frescas, se estiverem na época, ou batatas de pele avermelhada. Custam mais, mas vale a pena; têm um sabor próprio e não se esmigalham com facilidade.

Outras, Cruas ou Cozidas

Entre outros legumes que resultam em saladas saborosas acham-se os pepinos, cortados em rodelas — não se preocupe em descascá-los. São especialmente deliciosos com creme azedo. Os tomates cortados em fatias finas e servidos junto com cebolas picadas também constituem excelente salada. E o que dizer de cenouras raladas, servidas junto com passas de Corinto ou passas de uva?

A salada de repolho cru, feita de repolho roxo ou verde cortado em pedaços, é tanto econômica como rica fonte de vitamina C. Para ter variedade, corte o repolho em fatias finas e adicione cebola bem picada ou cenoura ralada. Relacionada de perto com a salada de repolho cru é a salada de chucrute. Corte as fatias em pedacinhos e adicione cubinhos de maçãs e/ou cubinhos de cebolas, e terá uma saudável salada que pode ser preparada o ano inteiro. Numa classe ímpar acha-se a salada de maçã e cebolas, quer em fatias ou picadas, à qual se adicionou um molho, tal como o de maionese.

Entre outros legumes que servem como saladas, acha-se a beterraba. Sirva-as com rodelas de cebola ou cebola picada, ou agridoce com sementes de erva-doce, um petisco europeu.

Não deve ser despercebida a salada de vagens. A qualquer tempo pode ocupar o lugar da salada de verdura. Sirva-a com cebolas bem picadinhas.

Naturalmente, alguns legumes tomam o lugar das saladas sem qualquer preparo especial, tais como rabanetes, bastões de cenouras, raminhos de aipo e cebolinha.

Algo Leve — as Saladas de Verduras

As saladas de verduras são muito recomendáveis. Contêm uma abundância de valiosos minerais, vitaminas e enzimas, indispensáveis ao bem-estar físico, e, assim, são chamadas de “alimentos protetores”. As saladas também cumprem saudável propósito no sentido que provêem volume, por causa de sua celulose, o que ajuda a evitar a prisão de ventre.

Atualmente, os pesquisadores chegam cada vez mais à conclusão de que muitas doenças degenerativas que afligem o homem moderno são devidas a que as pessoas comem alimentos ricos demais, e os comem em excesso. Por servir saladas de verduras e de outros legumes, as donas de casa podem ajudar a família a evitar tal tendência moderna. As crianças, é verdade, amiúde desprezam tais alimentos, preferindo doces. Mas, os pais sábios não permitirão que seus filhos façam o que bem entendem nestes assuntos, porém os treinarão a comer tais “alimentos protetores”. Afinal de contas, quando as crianças ficam doentes, a carga recai sobre os pais.

Muitas, deveras, são as verduras que podem ser comidas em saladas. Entre estas se acham as folhas de beterraba, os raminhos de cenoura (quando novos e tenros), aipo, chicória, folhas de dentes-de-leão, endívia, escarola, alface, folhas de nabo e agrião.

Aumente o sabor e o valor alimentício de tais saladas por adicionar rodelas de cebola, ou cebola picada, pedaços de bacon, cubinhos de pão torrado, rodelas de rabanete vermelho ou branco, cogumelos em rodelas, pedacinhos de couve-flor crua, rodelas de pimentão vermelho ou verde, salsa, tomates, azeitonas verdes ou pretas. Na verdade, as saladas custam dinheiro, e tais extras aumentam seu custo, mas, como certa mãe compreensiva se expressou: “É melhor gastar dinheiro com legumes do que em remédios, e é muito mais barato, também.” Sim, seja lá o que for que fizer para tornar mais deliciosas as saladas, provavelmente também as torne mais nutritivas.

Saladas — são muito variadas

TODA boa dona de casa se preocupa em agradar o paladar de sua família por fazer pratos deliciosos. E ela se preocupa em prover-lhes refeições saudáveis. As saladas são de grande ajuda em conseguir alcançar estes dois alvos.

As saladas cumprem vários propósitos. Além de seu valor nutritivo, que pode ser considerável, dão sabor e variedade às suas refeições. Podem talvez poupar-lhe trabalho em preparar refeições, bem como reduzir seu custo, e são especialmente bem recebidas nos dias quentes.

Grande, deveras, é a variedade de saladas que pode preparar. As principais, por certo, são os muitos tipos de saladas que consistem mormente de verduras ou de outros legumes, mas há também muitos outros. Há saladas que fornecem proteínas, e as que consistem em alimentos amiláceos. Há também saladas feitas com gelatina e as de frutas.

sábado, 31 de julho de 2010

A Busca da Qualidade e Economia

Por ali, entre as árvores, pode ver o pomicultor. Está dirigindo seu trator, com grande pulverizadora, entre as fileiras de árvores. Precisa de bastante equipamento especializado, muito embora seu pomar só tenha uns 5 hectares. Isso é um tanto mais do que a média, embora haja grandes companhias detentoras de até uns 120 hectares ou mais.

Ao passo que talvez ache que essa seria a vida ideal, posso afirmar que o pomicultor se vê às voltas de muitos problemas. Aqui, no Vale Okanagan, da Colúmbia Britânica, há mais de 3.000 pomicultores, que cultivam uns 14.000 hectares, não incluindo aqueles cujo terreno é pequeno demais para se registrar como pomareiro comercial. Ademais, quase todos os outros têm algumas árvores no quintal dos fundos. Para a maioria dos fruticultores, é difícil viver bem disso. O custo do terreno, de maquinaria e da mão-de-obra aumenta rapidamente, ao passo que os preços das frutas que o produtor consegue são quase que os mesmos que há vinte anos atrás.

Além dos preços baixos, outro problema sobre o qual o produtor não tem controle é o tempo. Para enfrentá-lo, tem de usar boa direção e bom senso. Seus pomares precisam ser bastante produtivos nas boas épocas para “atravessar” as tempestades, tanto financeiras como físicas.

Este pomicultor que agora observamos no trabalho, em especial tornou-se bem eficiente por empenhar-se pela melhor qualidade, junto com maior produção. Reduz os custos por empregar maquinaria especializada. Agora, ao invés de pagar mão-de-obra na época, precisa de ajuda extra apenas brevemente, na colheita. O resto pode ser cuidado por ele mesmo e sua família.

Além disso, verificou que, por replantar uma variedade de arbustos, pode obter até umas 25 a 50 toneladas por hectare. Estas novas variedades permitem a redução drástica do intervalo entre as árvores. Alguns até mesmo plantaram árvores anãs em fileiras que parecem como cercas vivas com cerca de 3,30 metros uma da outra. Um dos problemas encontrados quando as árvores ficam muito pequenas, contudo, é que a geada de fins da primavera pode matar os brotos de frutas, que, em virtude da árvore menor, estão muito mais perto do solo.

Talvez tenha imaginado, como eu fiz certa vez, que uma árvore maior tivesse muito mais maçãs. Mas, o pomicultor diz que não é assim. Adicionalmente, a melhor fruta está por fora da árvore, onde o sol a banha. A árvore menor tem menos área interior desperdiçada. Ademais, é muito mais fácil colher seus frutos. Em certos casos, não se precisa de escada alguma.

Junto com as árvores menores, os fruticultores se voltam para novas variedades que produzem cor mais rica. Estas têm maiores preços. Os fruticultores sabem que a dona de casa aprecia fornecer à família frutas que tenham boa aparência, bem como bom sabor. Assim, desenvolveram-se variedades que reluzem razoavelmente com a profundidade de cores. Mais de cinqüenta variedades da Vermelha Deliciosa, por exemplo, se acham disponíveis. Outrossim, é muito pouco em comparação com cerca de dez mil diferentes variedades de maçãs que são cultivadas através do mundo.

Viver no meio de pomares

Do correspondente de “Despertai!” no Canadá

DEIXE-ME agir como seu anfitrião da região dos pomares que dá para o Lago Okanagan, na parte sul da Colúmbia Britânica, a província mais ocidental do Canadá. Tem-se dito que é uma das áreas mais deleitosas do Canadá, situada a cerca de uns 450 quilômetros rodoviários a leste da metrópole de Vancouver.

Aqui os invernos são usualmente brandos e os verões são tépidos e ensolarados. A primavera oferece um panorama de árvores frutíferas em flor, ao passo que o outono vê a colheita das frutas das árvores e das videiras. Tudo isto tendo-se ao alcance da vista uma série de lagos que se aninham como plácidos rios de quilômetro e meio de largura entre as montanhas. Tais lagos, dos quais o mais extenso é o Okanagan, de uns 130 quilômetros, são a seiva vital da área. Sem irrigação, a precipitação pluviométrica média, de uns 300 milímetros por ano, só seria suficiente para o cultivo de artemísias e de árvores finas. Mas, com a irrigação, cultivam-se muitos tipos de frutas. A estação livre de geadas é curta demais para os cítricos, mas bastante longa para cerejas, ameixas, pêssegos, pêras, damascos e uvas. E é ideal para maçãs.

Os pomicultores me explicaram por que esta é uma das melhores regiões de maçãs do mundo. Os verões secos, afirmam, reduzem as pragas, ao passo que a elevada média usual de horas de luz solar durante a época do crescimento realça a produção de amidos e açúcares. Importante, também, é o período de noites mais frescas, anterior à colheita. Com temperaturas que amiúde se aproximam do ponto de congelamento, as maçãs ganham deliciosa crespidão e profundidade de cor. Com efeito, a maçã da C. B. tornou-se bem conhecida em muitas partes do mundo como notável produto.

Devo acautelá-lo a não ficar com receio se nosso passeio for subitamente interrompido por alto estrondo. Trata-se simplesmente de um dos últimos artifícios usados para aumentar a produção de cerejas. Como a cereja é a primeira fruta a amadurecer na primavera, muitas aves ficam ansiosas de acrescentar esta sobremesa a seu prato básico de larvas e minhocas. Assim, como pode ver, não são apenas os humanos que estão ansiosos que as cerejas amadureçam. Como resultado, alguns pomicultores se voltaram para aparelhos automáticos de fazer barulho, que disparam em intervalos regulares para afastar as aves. São realmente inofensivos. Mas, se certo número de pomareiros os empregarem numa área, às vezes podem soar como se fosse uma revolução em pequena escala.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Propriedades Medicinais

O mamoeiro é às vezes chamado de “árvore medicinal”. E isso, por certo tem sua razão, visto que cada parte dele possui algumas propriedades medicinais. O caule herbáceo, oco, é rico em vitaminas A, B, e C, bem como em cálcio, fósforo e ferro. No tronco da árvore fêmea encontra-se 1,5 por cento de proteína e de 7 a 10 por cento de açúcar. O látex das hastes, das folhas e do fruto verde é altamente anti-helmíntico (o que significa que destrói os vermes intestinais). Também, as pequenas sementinhas negras digerem, e, portanto, eliminam todos os tipos de parasitos intestinais indesejáveis. O mamão ajuda a digerir a proteína da carne, dos ovos, do leite, do feijão e dos alimentos similares, e, por isso, promove o funcionamento correto do pâncreas. Ademais, o mamão alivia a indigestão, protege contra a infecção, ajuda os diabéticos e os portadores da hepatite, e é usado para clarear o vinho e a cerveja.
Mas, talvez fique imaginando: O que torna o mamão tão valioso como remédio? Não podem ser apenas as vitaminas e sais minerais. É verdade. Mas, já ouviu falar na enzima papaína? É esta enzima que torna o mamão tão ímpar na digestão de proteínas. A papaína, só encontrada no mamão, é similar à enzima animal, pepsina. A indústria farmacêutica há muito se tem beneficiado da papaína. Aliás, a maior quantidade de papaína é encontrada logo abaixo da casca do fruto verde. Assim, enquanto o mamão ainda está pendurado numa árvore, fazem-se cortes longos na casca. O látex branco exsuda, similar ao látex que exsuda das seringueiras, e é captado em coletores. Os cortes são repetidos a cada três a cinco dias. Quando o mamão amadurece, o fluxo gradualmente diminui e cessa quando o fruto fica plenamente maduro. O suco seco está então pronto para ser despachado.
Caso more nos trópicos ou os visite, apreciará ainda mais o mamão, visto que, em tais países, poderá estar infestado de parasitos, tais como ancilóstomos, que se fixam no seu intestino delgado e no cólon. No entanto, a papaína ataca e dissolve a epiderme queratinosa da maioria dos parasitos comuns. A papaína é inofensiva e é o vermífugo mais barato nos trópicos. Se não aprecia comer mamão verde, um tanto amargo, por que não mastiga e engole um pedaço da folha ou uma colher de sopa das sementes, depois de cada refeição? Embora tal idéia talvez não seja muito agradável, certamente poderia proteger seu organismo da invasão de parasitos. As sementes possuem um sabor pungente, não muito diferente do agrião ou dos rabanetes.
Sempre que saborear uma refeição pesada, rica em proteínas, coma uma fatia de mamão maduro. Poderá poupá-lo dum ataque de indigestão. Caso seja a cozinheira, envolva a carne crua em uma folha grande de mamoeiro, de um dia para o outro. Ficará surpresa diante de seu efeito amaciante. Os caçadores e as donas-de-casa, no Brasil interiorano, fazem isso há muito tempo. Quando matam um animal velho, envolvem sua carne rija em folhas de mamoeiro e, no dia seguinte, ela é tão tenra quanto a de um animal jovem. Uma galinha velha pode ser amaciada do mesmo jeito, ou por esfregar-se a carne com látex de mamão. Por esse motivo, a maioria dos produtos comerciais para amaciar a carne contêm papaína.
Mas, há outros benefícios. Será que alguém em sua família sofre de vez em quando com muito catarro? Bem, então, cozinhe flores de mamoeiro em água, açúcar queimado ou mascavo, e coe o xarope. Resulta num excelente xarope contra a tosse. No Brasil, muita gente simples coloca um pedaço de folha de mamão sobre feridas, para apressar a cura. Simplesmente amarram a folha diretamente sobre a ferida ou o machucado. Também, a polpa do mamão é usada, externamente, para tratar manchas da pele.
Agora que “conhece” muito melhor o mamão, deixe-nos lembrar-lhe onde o poderá encontrar. Embora parecido ao “melão”, não crescem em trepadeiras. Antes, olhe para o alto à procura deles, pois são frutas que dão em árvore.

Mamão — fruta muito apreciada

Do correspondente de “Despertai” no Brasil
A FRUTA conhecida no Brasil como mamão tem, em outras partes, diferentes nomes. Em regiões das Antilhas é conhecida como fruta bomba. Os mexicanos a mencionam como melon zapote, e os australianos e ilhéus dos Mares do Sul como papaya. Outros, porém, preferem o seu nome latino, Carica papaya. Seja qual for seu nome local, poderá encontrá-la, ou a qualquer de suas cerca de 20 espécies, apenas nas regiões tropicais e em certas regiões subtropicais livres de geada, inclusive no Havaí, em Formosa, na Queensland e no sul da Flórida, EUA.
São frutas suculentas, em forma de melão, trazendo certos benefícios à saúde. Um tanto parecidas aos cantalupos, arredondadas e em forma de pera, pesam até 11 quilos cada uma, tendo de 7,5 a 50 centímetros de comprimento, e crescem em cachos de 30 ou mais frutas, diretamente do tronco do mamoeiro.
Esta planta se parece a pequena palmeira, encimada de folhas, mas sem ramos laterais, e atinge uma altura média de três a quatro metros. Embora tenha aparência duma árvore, trata-se realmente duma planta herbácea de caule cilíndrico, oco, ao invés de totalmente lenhoso. Alguns a chamam de “planta gigante”. Suas folhas, profundamente lobuladas, fazem-nos lembrar as folhas de figueira ou do ácer, embora as do mamoeiro às vezes meçam 60 centímetros de envergadura, e surjam de ramos ocos.
Os mamoeiros atingem seu pleno tamanho em menos de um ano. O desenvolvimento começa a partir das sementes pretas, redondas, enrugadas, mucilaginosas, encontradas no fruto oco. E os mamoeiros se dispõem a dar frutos em qualquer época do ano. Usualmente o mamoeiro é fêmea, sempre produzindo abundantes frutos arredondados. Mas há também mamoeiros-machos, com flores bissexuais, que produzem frutos cilíndricos sustentados por longos pedúnculos. Podem viver cinco anos ou mais.
Embora o mamão seja similar ao melão no sabor e formato, a casca é macia. Passa do verde ao amarelo quando amadurece, em cerca de nove meses. A polpa da fruta é usualmente amarelada ou alaranjada, às vezes tem cor de salmão, e tem cerca de 2,5 centímetros de espessura. Possui muito pouca fibra, e seu sabor caraterístico, diferente de qualquer outra fruta, é ligeiramente adocicado, com agradável sabor almiscarado.
Gostaria de provar o mamão como parte do café da manhã ou como sobremesa? Alguns o apreciam cru — naturalmente maduro — com ou sem açúcar, ou limão. Muitos brasileiros o preferem na salada de frutas, junto com bananas, mangas e abacaxis. Ou o transformam em deliciosa vitamina por misturarem a polpa madura num liqüidificador com abacaxi e outras frutas. Outros preferem o mamão como doce, preparando-o por cozer frutas verdes e adicionar açúcar e, talvez, coco ralado.
A polpa da fruta verde, cozida com açúcar queimado, também é mui deliciosa. Ainda outros usam mamão verde como legume (cozido como abóbora), especialmente em ensopados. Também é usado em tortas, refrescos e confeitos. Faz-se também uma compota do fruto verde, quer cortado em cubinhos quer ralado. Corte o fruto em cubos e os deixe de molho com um pouco de cal virgem (embrulhados num guardanapo) até o dia seguinte. Daí, enxágüe os cubos e os cozinhe com açúcar ou, para obter o sabor caramelado, com açúcar queimado. A cal virgem deixa a parte externa endurecida, ao cristalizar a fruta. Infelizmente o mamão é altamente perecível e é difícil de exportar, exceto em forma de conserva ou como suco, em refrigerantes.

Nutritivo e útil

O abacate tem grande valor nutritivo, sendo rico em proteínas, riboflavina, niacina, potássio e vitamina C. Consta que contém pelo menos 11 vitaminas e 14 minerais. Em algumas partes da América Central, o abacate com tortilhas é considerado uma refeição completa. Esse fruto é igualmente rico em gorduras, e seu óleo é similar ao azeite de oliva no sentido de conter gorduras monoinsaturadas. O óleo é também utilizado na fabricação de sabonetes e cosméticos.
Do abacateiro se aproveita quase tudo. A madeira é usada como combustível. O caroço é usado na América do Sul para estampar roupas, visto que sua nódoa não sai. Em algumas regiões das Filipinas, as folhas são usadas para fazer chá. Afirma-se também que a casca pode ser usada para curtir couro.

Abacate: um fruto de mil e uma utilidades

Do correspondente de Despertai! na Colômbia
OS CONQUISTADORES espanhóis do início do século 16 nunca tinham visto nada igual. Em formato e tamanho, parecia uma enorme pêra, mas a cor era verde mesmo quando maduro. A polpa era macia como manteiga, com um sabor que lembrava o de nozes. Por fim tornou-se conhecido como abacate, do asteca ahuacatl.
O abacate foi introduzido ao público europeu em 1519, por Martín Fernández de Enciso. Ele havia visto esse fruto perto da atual Santa Marta, Colômbia, na época de uma das primeiras expedições espanholas na América do Sul. Naqueles anos de exploração, além do abacate, os europeus experimentaram diversos alimentos que não conheciam, incluindo o chocolate, o milho e a batata.
Naturalmente, nenhum desses alimentos era realmente novo. Todos já eram conhecidos e apreciados pelos habitantes nativos das regiões temperadas do Hemisfério Ocidental por séculos. Entre algumas tribos nativas, o abacate era tão apreciado que era oferecido aos que se casavam e aos visitantes.

domingo, 20 de junho de 2010

Não despreze a humilde ameixa!

EMBORA se cultivem ameixas em muitos países, o estado da Califórnia é o principal produtor. De fato, a maioria das ameixas do mundo são produzidas aqui — umas 150.000 toneladas desta fruta seca por ano! O clima quente e seco da Califórnia é ideal para o cultivo delas.
Parece que Alexandre, o Grande, encontrou ameixas da Pérsia e as enviou de volta a Grécia no quarto século A. E. C. Da Grécia foram levadas para outras terras européias, especialmente a França. Em meados do último século, foram importadas da França para a Califórnia. Agora, são também cultivadas em outros estados do oeste, inclusive Oregon, Washington e Idaho.
É em geral depois de cerca de sete anos de plantadas que as ameixeiras começam a produzir uma grande safra. Durante o verão setentrional a fruta se desenvolve, e em agosto ou setembro as ameixas plenamente maduras caem ao chão. No entanto, muitos cultivadores agora não esperam que caiam ao chão, mas as chacoalham brandamente das árvores. Depois de serem colhidas, as ameixas são lavadas.
O processo mais importante é a secagem, que dá às ameixas sua aparência enrugada. As ameixas talvez sejam espalhadas em bandejas de tela de arame e levadas para o campo e exposta ao sol. Leva uns seis a dez dias no sol para que sequem cabalmente.
Atualmente, porém, efetua-se com freqüência a secagem por meio de desidratadores. Uma corrente forçada de ar quente seca a fruta em umas quatorze a vinte e quatro horas. Assim, um quilo a um quilo e quatrocentos de ameixas frescas são reduzidos a cerca de meio quilo de ameixas secas.
As ameixas são então levadas a tulhas. Aqui são deixadas à suar ou curar-se por duas a três semanas, permitindo que obtenham um conteúdo de umidade uniforme. Antes de serem embaladas de modo final, recebem um banho de água quente ou de vapor para pasteurizá-las. Isto também coloca seu conteúdo de umidade no nível desejado.
Não só muitos consideram as ameixas gostosas, mas são boas para o leitor. Alguns acham benéfico seu efeito laxativo brando. Por certo tempo, pensava-se que isto se devia a seu conteúdo de celulose, mas não é o caso.
Verificou-se que as ameixas são laxativas mesmo quando misturadas com outros alimentos — quando seu conteúdo de celulose não faria muita diferença. Também, o suco de ameixa, quase isento de celulose, tem as mesmas propriedade laxativas. Assim, ao invés do conteúdo de celulose, parece que há uma substância solúvel nas ameixas que estimula a ação peristáltica dos intestinos, dando às ameixas seu efeito laxativo.
A prisão de ventre é um mal comum da civilização moderna, em especial entre trabalhadores sedentários. Assim, as ameixas podem ter verdadeiro valor medicinal. Algumas pessoas verificaram que é melhor comer ameixas para regular os intestinos do que esperar até ficarem seriamente afligidas de prisão de ventre e daí tomar laxativos fortes. Para obter o pleno benefício de seu efeito laxativo, alguns limitam seu desjejum a apenas um pequeno prato de ameixas.
Mas, a humilde ameixa também lhe é boa de outras formas. Tem abundância de açúcar, e a espécie de açúcar que o corpo assimila muitíssimo prontamente. Também, a ameixa possui mais de certas vitaminas essenciais e mais de minerais indispensáveis tais como o ferro e o cobre do que qualquer outra fruta. Diz-se também que as ameixas ajudam a restaurar o conteúdo de hemoglobina do sangue.
As cozinheiras descobriram muitos modos saborosos de servir esta fruta a suas famílias. Deixadas de molho durante a noite ou cozinhadas no vapor constituem um excelente complemento de desjejum. Uma xícara de suco de ameixa misturada com duas xícaras de leite frio produz uma bebida deliciosa. Uma compota de várias frutas — ameixas, abricós, maçãs e outras — constituem uma sobremesa tentadora no tempo de inverno. Alguns gostam de biscoito de ameixa para acompanhar sua xícara matinal de café.
Seja como for que a pessoa prefira servir ameixas pode ter certeza de que a família recebe uma fruta benéfica. Suas propriedades valiosas, seu excepcional valor nutritivo e seu sabor tornam as ameixas parte da dieta de muitas famílias.

Um Pouco de História da Manga

Parece que a manga originalmente crescia em forma silvestre na parte sul-oriental da Ásia. Chegou à América em algum tempo por volta do século XVIII. Em 1900, o governo dos EUA introduziu variedades indonésias e filipinas, populares por não terem quase fibras, e vicejaram no sul da Flórida. A manga Manila é uma forte favorita. Tem casca amarelo brilhante, deliciosa polpa tenra e caroço bem fino — todos sendo características recomendáveis do ponto de vista da comercialização.
Na costa noroeste do México há muitas variedades de mangas que foram cruzadas com outras frutas para produzir ainda maior variedade. Por exemplo, pode-se obter a manga abacaxi, a manga pêssego, e assim por diante. No sul há a variedade conhecida como petacón — muito grande, cerca do tamanho de uma grande beringela, e pesando mais de 450 gramas. Também há a deliciosíssima manga Paraíso, da vizinhança de Acapulco, bem similar à petacón, mas tendo casca muito mais atraente, uma mistura de ricas cores do outono.
Uma vez tenha comido um pêssego com sua casca, terá alguma idéia do problema encarado ao desejar comer uma manga da mesma forma. Alguns adultos e a maioria das crianças, depois de comerem manga desta maneira, parecem que lavaram o rosto com a fruta. Para evitar isto, há garfos especiais disponíveis, e algumas pessoas se tornam tão experientes em usá-los que não cai nem uma gota de sumo de manga em sua face ou no seu prato. É uma arte. Naturalmente, pode também ser comida com sorvete ou em forma de conserva. E não se acha além da possibilidade que as pessoas dentro em breve peçam um ‘manga split em vez do familiar ‘banana split’.
Pode-se comprar essa fruta aos quilos, em pilhas de quatro ou cinco, ou em caixas. Quando se compra uma caixa, obtém-se mangas de todos os tamanhos. Na época da colheita, os preços são bem razoáveis, e a manga se torna a sobremesa popular. Os vendedores de manga não se limitam tampouco ao mercado. Pode vê-los, fintando o trânsito nos cruzamentos, procurando interessar os motoristas em sua deliciosa mercadoria.
Até mesmo sem se considerar seu fruto delicioso, a mangueira sempre será popular, pois é tanto ornamental como fornecedora de sombra bem-vinda. A casca e a resina têm ambas propriedades medicinais. Como madeira, a mangueira não é muito popular, pois apodrece facilmente. E, naturalmente, o próprio fato que a geada a mata prontamente a limita às áreas tropicais e subtropicais. Afirma-se que em partes da Ásia esta árvore já tem sido cultivada pelo homem pelo menos há 4.000 anos.
Imagine só uma mangueira madura, de uns 15 metros de altura, belamente simétrica, e carregada de milhares de mangas douradas que sobressaem no meio da folhagem escura. Não lhe faz lembrar o alvorecer da história humana, quando “Jeová Deus fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento”? (Gên. 2:9) Quão considerado para com as necessidades humanas tem sido o grande Criador! A luz solar, a chuva, e todos os outros ingredientes para a produção de alimentos deleitosos são parte de Sua generosa provisão. A manga é mais uma das inumeráveis experiências gustativas providas para o gênero humano pelo Benfeitor que se deleita na felicidade e no bem-estar do homem.

Manga — suave e macia

Do correspondente de “Despertai!” no México
OS VISITANTES da maioria das regiões tropicais e subtropicais da terra provavelmente acharão essa fruta suave e macia — a manga. Já a comeu? Não é provável, se nunca visitou um país em que ela cresce pois não se adapta muito para a exportação. Mas, para lhe dar uma idéia de como impressiona as papilas gustativas — tem sido descrita como combinação do pêssego, do abricó, do abacaxi e do morango.
Ao provar pela primeira vez essa fruta dourada, em forma de rim, talvez não concorde com isso. Com efeito, algumas pessoas, na primeira vez que a provaram, segundo se diz, afirmaram: “Ugh! Tem gosto de terebentina!” Visto se tratar duma fruta aromática, o aroma, quando é extremamente forte, faz lembrar a terebentina. Mas, o espinafre, o caviar russo e a champanha francesa nem sempre se recomendam na primeira tentativa. É preciso cultivar a apreciação por tais coisas.
Visto que a manga é tão suave e macia, várias expressões vieram a ficar em uso comum, expressões que destacam a manga. Por exemplo: “Que manga!” significa “Que beleza!” ou: “Não chore; chupe sua manga!” sugere algo mais agradável que ajuda a pessoa a olvidar suas dificuldades.
Esta fruta deleitosa cresce em árvores, árvores belas, grossas, verde-escuras e que atingem uma altura de 12 a 15 metros. Sabe-se de algumas que atingiram 27 metros. As mangueiras enxertadas podem produzir frutas depois de dois ou três anos; leva cinco anos para uma árvore recém-plantada. A primeira safra talvez dê apenas 150 mangas, mas, quando a árvore atinge seu auge, talvez produza até 5.000 mangas ou mais. Para melhores resultados, as árvores são espacejadas uns 18 metros umas das outras. As folhas finas e verde-escuras podem chegar a medir até 30 centímetros. As flores tomam a forma de diminutas flores rosas que crescem em pequenos ramos nas extremidades dos galhos.
Há muitas variedades de mangas. Com efeito, há tantas que apenas na Índia já foram descritas cerca de 500 variedades. Variam de tamanho de uma maçã comum a uma fruta que talvez chegue a pesar até um quilo e trezentas gramas. Também variam de cor. O fruto é recoberto de uma casca fina e coriácea. Há um caroço grande e achatado quase por toda a fruta, recoberto de grossa formação carnosa. Alguns gostam de assar as sementes da manga e comê-las. A polpa da manga poderá variar quanto à consistência. Na qualidade inferior se verificará que muitas fibras duras crescem na polpa. A fruta de melhor qualidade pode ser comida com uma colher, de tão tenra que é.
O México é um país abençoado com numerosas frutas deliciosas. Seus grandes mercados ostentam centenas de barracas de frutas que oferecem abacaxis, abricós, pêssegos, maçãs, uvas, melancias, cantalupos, pêras, toranjas, sapotas, saputis, laranjas, tangerinas, bananas, figos e grande variedade de amoras. Todavia, quando a manga Manila está em sua época, de maio a agosto, o inteiro mercado reluz com seu dourado.

sábado, 29 de maio de 2010

Nem todas as frutas silvestres são próprias para consumo. Algumas espécies são venenosas. Antes de apanhá-las, aprenda a identificar as que podem ser consumidas.

Nem tudo é diversão!

  Apanhar frutas silvestres pode ser muito agradável e gratificante. Mas nem sempre é fácil. Pasi e Tuire, um casal da Lapônia, apanham frutas silvestres tanto para seu próprio consumo como para vender. Eles dizem que às vezes ficam cercados por um enxame de insetos inconvenientes, como mosquitos e moscões. “É muito irritante. Eles entram até na boca e nos olhos”, diz Tuire, arrepiando-se. Felizmente, porém, é possível se proteger até certo ponto usando roupas apropriadas e repelentes de insetos.

  Caminhar na floresta também pode ser difícil, especialmente em regiões pantanosas. O que parece ser solo firme talvez seja um buraco de lama. Além disso, de acordo com Pasi e Tuire, apanhar as frutas em si pode ser uma tarefa árdua. Curvar o corpo e agachar por muitas horas pode prejudicar a coluna e as pernas.

  Nem sempre é fácil encontrar essas frutas. “É preciso muita persistência para encontrar um lugar cheio delas”, diz Pasi. “Às vezes cansa mais procurar as frutas do que apanhá-las”, acrescenta Tuire. Limpar as frutas depois de pegá-las também dá trabalho.

  Por causa desses desafios, alguns preferem deixar as frutas silvestres para os habitantes peludos da floresta. Ainda assim, pessoas apaixonadas por apanhar frutas, como Pasi e Tuire, continuam a fazer sua jornada anual pelas florestas e pelos pântanos. Para eles, a alegria que sentem de apanhar frutas silvestres supera em muito as dificuldades.

AMORA ALPINA (Vaccinium vitis-idaea)

  Essa fruta, da mesma família do cranberry, é muito popular na Finlândia e na Suécia. O purê ou a geléia de amora alpina é um bom acompanhamento para o jantar. Essa fruta vermelho-brilhante também é usada para fazer molhos, pudins, sucos e doces. A amora alpina dura bastante tempo porque contém ácidos naturais que agem como conservantes. Pode levar um tempo para se acostumar ao sabor forte produzido pela alta acidez.

AMORA-BRANCA-SILVESTRE (Rubus chamaemorus)

  São encontradas em lugares remotos, como pântanos. Na Finlândia são mais comuns no norte. As amoras-brancas-silvestres, cheias de vitaminas A e C, são suculentas e nutritivas. Têm três ou quatro vezes mais vitamina C que a laranja. Elas são muito apreciadas e às vezes são chamadas de ouro dos pântanos. Essas frutas doces dão um leve sabor a várias sobremesas e produzem um excelente licor.

MIRTILO (Vaccinium myrtillus)

  Essa fruta doce e popular também é chamada de mirtilo europeu. Os mirtilos são freqüentemente usados para preparar molhos, pudins, geléias ou sucos. Também servem para fazer tortas, como a torta de mirtilo. Mirtilos frescos ficam deliciosos em especial com leite. Mas não tente comer escondido as delícias feitas de mirtilo, pois ele costuma deixar a boca e os lábios azuis. É também conhecido como fruta da fofoca.
Neste artigo, o termo “fruta silvestre” é usado para se referir a qualquer baga pequena e suculenta. Em botânica, baga é qualquer fruto simples e carnudo, geralmente com muitas sementes. De acordo com essa definição, bananas e tomates são bagas.

Sirva-se das delícias da floresta




DO REDATOR DE DESPERTAI! NA FINLÂNDIA

NOS PAÍSES nórdicos da Europa, muitas famílias gostam de se aventurar nas florestas para apanhar frutas silvestres. Na Finlândia, por exemplo, amantes da floresta têm livre acesso à natureza, podendo caminhar até mesmo em propriedades particulares, desde que não causem danos ou se aproximem muito das casas. O direito de livre acesso às florestas não está escrito na lei, mas é uma antiga tradição escandinava. Permite às pessoas apanhar flores e frutas silvestres e cogumelos em praticamente qualquer lugar que cresçam.

Cerca de 50 espécies de frutas silvestres crescem nas florestas da Finlândia e a maioria delas é comestível. Os três tipos mais comuns são mirtilos, amoras-brancas-silvestres e amoras alpinas. — Veja os quadros.

Frutas silvestres de várias cores e sabores dão variedade aos alimentos e são muito saudáveis. “As frutas silvestres nórdicas que crescem nas longas horas do dia [no verão] são ricas em cores, aromas, vitaminas e minerais”, diz o livro Luonnonmarjaopas (Guia das Frutas Silvestres). Além disso, essas frutas contêm fibras, que podem ajudar a equilibrar o nível de açúcar no sangue e reduzir o colesterol. Também contêm flavonóides, compostos de fenol que, segundo se acredita, contribui para a boa saúde.

Será que vale a pena todo o esforço para apanhar essas frutas nas florestas? Jukka, que é apaixonado por apanhar frutas na floresta, diz: “Como elas custam caro nos mercados, fazer isso nos ajuda a economizar. E quando você mesmo apanha as frutas, sabe que estão frescas.” A esposa de Jukka, Niina, fala sobre outra vantagem: “Apanhar essas frutas nos dá a oportunidade de fazer um agradável piquenique com a família na floresta.”

“Mas se houver crianças com você, é bom ficar de olho nelas para que não comam frutas desconhecidas ou se percam na floresta”, acrescenta Niina. É preciso ter cuidado, pois algumas frutas são venenosas.

Como a maioria dos nórdicos, Jukka e Niina gostam muito do ambiente que as florestas proporcionam. “Amo a floresta”, diz Niina. “É um lugar de agradável tranqüilidade, com ar puro e fresco. Sinto-me revigorada. As crianças também se sentem felizes ali.” Jukka e Niina descobriram que a tranqüilidade da floresta é o lugar perfeito para meditação e conversas em família.

As frutas silvestres são mais saborosas e têm maior valor nutricional logo que são apanhadas e estão frescas. Mas não continuam frescas por muito tempo. Para saboreá-las no inverno, é necessário colocá-las em conserva. No passado, as pessoas costumavam estocá-las em celeiros, mas agora são geralmente guardadas no freezer. Muitas frutas silvestres servem para fazer geléias e sucos.

“Nos dias mais frios do inverno, que delícia é abrir essas compotas e desfrutar das lembranças conservadas do último verão, despertando em nós o anseio pela chegada do próximo verão”, diz apropriadamente um escritor sueco no Svenska Bärboken (Livro das Frutas Silvestres da Suécia). As frutas silvestres são usadas de muitas maneiras. No café da manhã, elas vão bem com iogurte, granola ou mingau de cereal. Frutas frescas apanhadas na floresta são usadas para preparar deliciosas sobremesas e tortas. E um purê ou uma geléia dessas frutas é um acompanhamento colorido para vários pratos.

Muitas pessoas compram frutas silvestres no mercado local. Mas imagine-se na floresta num dia de céu claro, respirando ar puro e sentindo paz e tranqüilidade enquanto procura frutas silvestres doces e coloridas. Servir-se dessas delícias assim não é nada mal! Isso nos faz lembrar das palavras do salmista: “Quantos são os teus trabalhos, ó Deus! A todos eles fizeste em sabedoria. A terra está cheia das tuas produções.” — Salmo 104:24.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uma delícia


O abacaxi não só é delicioso em fatias ou em suco, mas também em compota, que pode ser encontrada em conserva em alguns países. Também, o abacaxi contém certos nutrientes como carboidratos, fibra e vitaminas, principalmente a A e a C.

No México, existe uma bebida refrescante feita da casca do abacaxi. Se quiser prepará-la, coloque as cascas num recipiente de vidro com água e açúcar e deixe descansar por dois ou três dias. Uma vez que tenha fermentado, pode ser servido como refresco, com gelo. É uma bebida muito refrescante chamada tepache, com um gostinho agridoce. Quer experimentar? Nas Filipinas, o abacaxi é cultivado para a extração de fibra de suas folhas. A fibra é usada para a fabricação de um tecido branco, transparente e bem fino, com o qual se confeccionam lenços, toalhas, cintos, camisas e roupas para crianças e para senhoras.

Nos últimos séculos, o abacaxi vem sendo exportado para muitos países que não são produtores. Todos os apreciadores do abacaxi esperam que continue a ser difundido pelo resto do mundo, para deliciar a todos.

O abacaxi e o abacaxizeiro



Como é o abacaxi? É um fruto cilíndrico que cresce na haste central do pé. Ele é revestido de uma casca grossa, e traz no ápice uma coroa de pequenas folhas verdes, rijas. As folhas compridas, lanceoladas, do abacaxizeiro crescem em espiral em torno da haste central. O pé pode chegar a atingir de 60 cm a quase 1 metro de altura, e o abacaxi pode pesar de dois a quatro quilos.

Quando o abacaxi ainda é pequeno, ele se parece com a pinha e a casca tem cor púrpura. A cor verde assinala que o fruto está desenvolvido e o tom amarelado, alaranjado ou avermelhado, que está maduro. Quando madura, a polpa fica doce e suculenta, exalando um aroma delicioso.

Amêndoa — um fruto com sabor de noz

DO MEU ponto de observação, numa alta colina, contemplo uma série de ilhas brancas, espalhadas pelo verde-azulado vale lá embaixo. Um exame mais detido revela que, o que de longe parecem ser campos de bolas brancas de pipoca são, na realidade, milhares de árvores singulares, cada uma cheia de flores brancas, com delicados centros rosa, que enchem o ar com forte fragrância. Estas coisas deleitosas que despertam meus sentidos são a melhor descrição de um pomar de amendoeiras em plena floração durante o início da primavera setentrional.

Já desde a infância gozo deste panorama emocionante, porque fui criado num amendoal, numa pequena cidade da Califórnia, EUA. O ganha-pão de minha família era cultivar e colher estes deliciosos frutos.

“Frutos?”, pergunta. “A amêndoa não é uma noz?” Bem, sim e não. Embora comumente considerada uma noz, a amêndoa é, curiosamente, um fruto. Faz parte da família da qual outras árvores com frutos de caroço (drupas) derivam sua origem, a saber, a família da rosa. Os frutos de caroço incluem os pêssegos, os damascos e as ameixas. Da próxima vez que tiver um caroço de pêssego na mão, observe quão semelhante, em tamanho e formato, ele é a um caroço de amêndoa. Quebre a ambos e descobrirá que os frutos (amêndoas) também são similares. No entanto, apenas as amêndoas devem ser comidas, visto que ingerir os caroços de frutas, como os pêssegos, pode deixá-lo doente.

O fruto que ganhou um novo nome


DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NA BOLÍVIA

DAS matas densas da floresta tropical amazônica vem a saborosa e nutritiva castanha-do-pará. Seu nome internacional anterior, Brazil nut (noz do Brasil) não é mais apropriado, pois, atualmente, até metade de sua produção vem de florestas fora das fronteiras do Brasil, especialmente da Bolívia.

Apropriadamente, em 18 de maio de 1992, o International Nut Council decidiu mudar o nome internacional da castanha-do-pará, anteriormente conhecida por uma variedade de designações, como Brazil nut, noz de creme, noz de manteiga, Paranuss e noix du Brésil. Agora seu nome internacional é Amazonia nut (noz ou castanha-da-amazônia).

Abacate: um fruto de mil e uma utilidades

Do correspondente de Despertai! na Colômbia

OS CONQUISTADORES espanhóis do início do século 16 nunca tinham visto nada igual. Em formato e tamanho, parecia uma enorme pêra, mas a cor era verde mesmo quando maduro. A polpa era macia como manteiga, com um sabor que lembrava o de nozes. Por fim tornou-se conhecido como abacate, do asteca ahuacatl.

O abacate foi introduzido ao público europeu em 1519, por Martín Fernández de Enciso. Ele havia visto esse fruto perto da atual Santa Marta, Colômbia, na época de uma das primeiras expedições espanholas na América do Sul. Naqueles anos de exploração, além do abacate, os europeus experimentaram diversos alimentos que não conheciam, incluindo o chocolate, o milho e a batata.

Naturalmente, nenhum desses alimentos era realmente novo. Todos já eram conhecidos e apreciados pelos habitantes nativos das regiões temperadas do Hemisfério Ocidental por séculos. Entre algumas tribos nativas, o abacate era tão apreciado que era oferecido aos que se casavam e aos visitantes.

Por que é tão doce?

A intensa doçura do icewine se deve ao teor de açúcares no suco das uvas. As uvas, compostas de 80% de água, são colhidas e prensadas enquanto estão congeladas. Os vinhateiros têm até de prensá-las ao ar livre ou manter as portas do local de trabalho abertas para que continuem congeladas. A água congela numa temperatura mais alta do que os açúcares. Assim, quando se prensam as uvas congeladas, o suco produzido tem alto teor de açúcares porque a maior parte da água virou gelo. Um colunista que escreve sobre vinhos descreve esse suco como “milagrosamente doce”.

O interessante é que, embora o Canadá seja conhecido por seus invernos rigorosíssimos, Niágara está mais ao sul em relação à famosa região da Borgonha, na França. Com muitas horas de sol e altas temperaturas em julho — justamente quando as videiras estão no auge do desenvolvimento — Niágara está numa posição ideal para produzir um icewine com alto teor de açúcares. No outono, o clima varia consideravelmente, o que desidrata as uvas e intensifica a doçura.

Cronometragem e temperatura

O escritor norte-americano Mark Twain chamou o acaso de “o maior de todos os inventores”. Essa afirmação se mostrou verdadeira em 1794, na Francônia, Alemanha. Depois de uma chuva gelada, vinhateiros prensaram uvas congeladas que produziram um vinho com um teor notavelmente alto de açúcares, mas cuja acidez elevada contrabalançava a doçura. Produzir icewine todo ano, porém, representa alguns desafios para o vinhateiro. A temperatura deve ficar abaixo de 7 °C negativos por vários dias para que o suco congele apropriadamente. Se derreter rápido, o suco doce se diluirá. Se ficar frio demais, as uvas ficarão muito duras e produzirão pouco suco quando prensadas. “Tem as suas manhas”, diz um vinhateiro de Niágara. “Tudo tem de estar certinho.”

O clima no sul do Canadá, em especial na região de Niágara, é ideal para produzir icewine. Entre novembro e fevereiro, a temperatura sempre acaba baixando para menos de 7 °C negativos. As melhores safras de icewine são preparadas com uvas riesling e vidal, embora também se usem outras variedades. Outros países também produzem icewine, mas o Canadá é o maior produtor mundial e já ganhou prêmios importantes em várias competições internacionais de vinhos.

Uvas congeladas que produzem “ouro líquido”

DO REDATOR DE DESPERTAI! NO CANADÁ

Num dia gélido de inverno na região de Niágara, no Canadá, um grupo de trabalhadores robustos se dirige ao vinhedo, enfrentando as intempéries. Os ventos gelados produzem a sensação térmica de 40 °C negativos. Por que esses homens estão dispostos a enfrentar um clima tão rigoroso para colher uvas congeladas e enrugadas, duras como bolas de gude? Porque com essas uvas murchas se produz um vinho extremamente doce da cor do ouro: o icewine.

A História da Vitamina C




“Em 20 de maio de 1747, aceitei vinte pacientes com escorbuto . . . Seus casos eram tão similares quanto consegui obtê-los” inicia o relatório do Dr. Lind. Suas conclusões mostravam “que os mais súbitos e melhores efeitos visíveis foram percebidos através do uso das laranjas e dos limões; aqueles que os haviam tomado ficando aptos para seu dever no fim de seis dias”.

Regozijou-se o mundo médico de seus dias? Não. Ao invés, a idéia de que a dieta provocava o escorbuto sofreu zombaria e repúdio. Não tomavam limão as tripulações de alguns navios e, ainda assim, contraíam escorbuto? Infelizmente, isto era verdade, mas tinham fervido o suco de limão, destruindo o que agora conhecemos como vitamina C.

Por fim, cerca de quarenta e sete anos depois, o Almirantado inglês permitiu que Lind repetisse suas experiências. Forneceu-se a toda uma frota suficiente suco de limão cru para uma viagem de vinte e três semanas. Os resultados foram tão espetaculares que um ano depois, em 1795, o suco de limão (mais tarde substituído por suco de lima) tornou-se parte da dieta regulamentada dos marujos ingleses. O escorbuto não mais era o ‘senhor das ondas’, e até mesmo hoje em dia os marujos britânicos são apelidados de “limeys” (abreviatura de bebedor de suco de limão)!

No entanto, só ocorreu lentamente o progresso em isolar-se a razão da eficácia dos limões, e de outros frutos e legumes. Em 1905, um holandês, o Professor Pekelharing, depois de suas experiências com camundongos, escreveu: “Há uma substância desconhecida, contida no leite, que mesmo que ingerida em dose muito ínfima, é de importância capital para a nutrição.” Ele mostrou que, mesmo diante da aparente abundância de alimentos (gorduras, proteínas, carboidratos), se faltasse tal “substância desconhecida”, os camundongos morreriam. Infelizmente, seu relatório foi publicado apenas em holandês e não gozou de circulação geral.

Malgrado esses obstáculos, a idéia de haver ‘elementos misteriosos’ necessários, por fim foi publicada e se creu nela. Podia-se ingerir grandes quantidades de ‘bons alimentos’ e, ainda assim, não obter os ‘elementos necessários’. Não constituíam combustível para o corpo, mas, de alguma forma, eram necessários para ele em sentido químico. Poderia algum deles ser isolado?

Por volta do início dos anos 1900, várias equipes de cientistas estavam ‘perto da pista’ da misteriosa substância de combate ao escorbuto. Em 1931, fez-se um concentrado de suco de limão 20.000 vezes mais potente que o suco original! Então ocorreram esforços intensivos de discernir a natureza exata deste composto vital. Uma vez determinada a sua “cadeia” ou estrutura molecular, poder-se-ia sintetizá-lo e produzi-lo em massa. E assim aconteceu que, em 1935, a vitamina C (também chamada apropriadamente de ácido ascórbico) tornou-se a primeira vitamina “pura” disponível ao público por meio da produção em larga escala.

Na busca da cura do escorbuto, porém, descobriu-se mais de uma vitamina. O homem aprendeu que uma moléstia nem sempre é provocada pelo ataque de alguma infecção ou bactéria. Às vezes é causada pela dieta deficiente.

A rainha que desbancou a laranja e a acerola



  A laranja, que sempre foi símbolo da vitamina C, perde de longe para uma fruta que vem sendo aclamada como “a nova rainha da vitamina C”. Até mesmo a acerola, soberana entre as frutas ricas em vitamina C, teve de admitir a derrota. E quem é a nova rainha? Uma poderosa frutinha de cor púrpura, mais ou menos do tamanho da uva, e que cresce naturalmente nas várzeas da Amazônia. Seu nome? Camu-camu. Será que ela merece o título? Segundo uma revista brasileira, 100 gramas de laranja contêm 41 miligramas de vitamina C, ao passo que 100 gramas de acerola contêm 1.790 miligramas da mesma vitamina. Mas a mesma quantidade de camu-camu tem a espantosa quantia de 2.880 miligramas de vitamina C — 70 vezes mais do que a laranja!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A Mais Popular de Todas

O mamão, que também é encontrado nos subtrópicos, é provavelmente a fruta mais comum da mesa equatoriana. Embora alguns, por engano, talvez pensem que é um melão, não cresce em trepadeiras. Antes, cresce em grupos, no alto de árvores semelhantes às palmeiras. Os mamões variam de tamanho, os grandes chegando a pesar quase sete quilos ou mais.

Do lado de fora, a fruta tem cor verde-escura que gradualmente se transforma em amarela, em certas manchas, ao amadurecer. Lá dentro, a polpa é dum amarelo forte, ou às vezes, de cor laranja brilhante ou avermelhada. Diferente de muitas outras frutas, o mamão tem fruto oco, em que uma porção de sementes pretas estão presas à polpa, mas são facilmente retiradas. A polpa é doce e suculenta e mui deliciosa, a menos que aconteça pegar um ruim, com gosto forte e um tanto desagradável. Usualmente os menores tendem a ter sabor bem forte; os maiores têm melhor sabor.

As pessoas neste país comem bastante mamão, não apenas pelo simples prazer de comer a fruta, mas também por questões de saúde. Nos trópicos, o corpo da pessoa precisa de bastante líquido necessário duma forma mui pura e deleitosa. Daí, também, é excelente ajuda para o sistema digestivo. Pode-se facilmente provar isto pela simples ingestão de uma fatia ou duas de mamão depois de uma refeição pesada, e assim evitar os; desconfortos comuns sentidos depois da ingestão de muito alimento rico. Há razoável explicação médica para isto, também. As autoridades em nutrição verificaram que o mamão e rico numa enzima chamada “papaína”, que ajuda na digestão das proteínas.

Neste respeito, uma amiga nossa descreveu como ela faz bom uso desta propriedade do mamão de outra forma. Ela mergulha a carne no suco de mamão por algumas horas, preferivelmente a noite toda, e verifica que é excelente amaciador da carne. Isto também se deve à enzima presente nesta fruta tropical.

Bem, não somos mais recém-chegados a este lindo país tropical, que possui uma variedade de aves, de flores e de frutas. O que parecia no início serem frutas um tanto esquisitas e incomuns são agora grandes conhecidos nossos — velhos amigos cuja companhia apreciamos em sentido muito especial. Se quiser familiarizar-se mais com elas, por que não vem visitar-nos?

Apresentando Outras Frutas Estranhas

Pouco tempo depois, tivemos outra experiência agradável quando nos serviram pela primeira vez a badea. A badea cresce numa trepadeira e assemelha-se a pequena melancia, com casca tão brilhante que parece que acabou de ser encerada. Constitui também deliciosa bebida que sabe ao suco de abacaxi, mas sem a acidez do abacaxi. Nossa grande surpresa, contudo, surgiu quando verificamos que tal bebida estava cheia de sementes e nos mandaram engoli-las, assegurando-nos de que era a melhor parte. Mastigar tais sementes (cerca do tamanho das da melancia) dava à bebida um sabor completamente diferente, fazendo-nos lembrar certas uvas produzidas no hemisfério setentrional.

Em contraste com a naranjilla e a badea, a aparência exterior da chirimoya certamente não é atrativa. Tem cerca do tamanho e a forma duma bola de softball, dum verde embotado, e tem pele escamosa como a dum réptil. Assim, pode imaginar a surpresa que tivemos quando enfiamos pela primeira vez os dentes numa chirimoya e verificamos que tinha o sabor como de pêras maduras misturadas com creme e açúcar, apenas que eram mais macias! Muitos gostam de comer esta fruta fresca, mas outros preferem transformá-la em sorvete. De qualquer jeito, é preciso admitir que não se pode julgar a chirimoya despretensiosa por sua casca, assim como não se pode julgar um livro pela sua capa

Certo dia, quando passávamos pelo carrinho dum vendedor, um amigo nosso parou e comprou o que se chama de guabas. São compridas, verdes e achatadas, e são tão curvas como a bainha dum sabre. Tomando a guaba em sua mão, nosso amigo deu com ela contra a parede do prédio a fim de romper sua casca dura. E, eis que lá dentro havia uns doze ou vinte glóbulos de algodão branco como a neve, cada glóbulo contendo uma grande e brilhante semente preta. O agradável sabor doce da guaba é bastante convincente: esta deve ser a original bala de algodão dos trópicos!

Provavelmente, o tratamento mais popular para pequenos males do fígado aqui no Equador seja uma bebida feita da fruta chamada tamarindo. E, caso procure o tamarindo no mercado, procure o que se parece a grandes feijões em vagens marrons com de 15 a 20 centímetros. Daí, lá dentro, ao invés de feijões, conforme esperava, a vagem está cheia duma substância pegajosa que se parece muito com a polpa das ameixas, e, naturalmente, há caroços. A bebida feita desta fruta é bastante agradável, um tanto parecida com a cidra de maçã. Mas, lembre-se, é um laxativo brando. No entanto, se for isso que desejar, concordará que certamente é um remédio de ótimo sabor!

Frutas incomuns dos trópicos

Do correspondente de “Despertai!” no Equador

QUANDO nós, recém-chegados, pisamos pela primeira vez no solo da América do Sul, no país tropical do Equador, era um dia quente do verão meridional de dezembro. A súbita mudança do tempo congelante que acabáramos de deixar no hemisfério norte foi bastante sentida, mas nos deu tremenda sede. Como apreciamos quando Carlos, nosso, anfitrião, nos serviu um geladinho refresco de frutas.

U-m-m! Que delícia! Mas, de que era? Jamais tínhamos provado nada semelhante. Nosso anfitrião explicou que era suco de naranjillas. Naranjilla, nome espanhol, significa laranjinha. Tinha um sabor delicado que nos fazia lembrar uma mistura de abacaxi, laranja e maçã, talvez com uma pitada de suco de tomate. A fim de fazer este refresco, Carlos explicou como primeiro descascou a fruta, colocou-a num liqüidificador, adicionou água e adoçou com um pouco de açúcar.

Alguns dias depois, vimos algumas naranjillas numa banca do mercado. Tinham sido trazidas de seu lar nas selvas, sob as altaneiras montanhas dos Andes. A distância, pareciam deveras pequenas laranjas, tendo cerca do tamanho de tangerinas. Mas, ao chegarmos perto, a aparência mudou de laranjas para tomates de casca brilhante. No entanto, quando apanhamos uma, ficamos surpresos de descobrir que tinha diminuta penugem, um tanto como o pêssego, mas penugem dura e quebradiça. Que fruta estranha é esta laranja penugenta, parecida a um tomate!

Bem alto nos Andes, os habitantes da serra têm àquilo que chamam de tomate de árbol, que cresce em seus quintais junto com uma variedade de flores tropicais. As plantas têm uns dois metros e setenta e dão frutos multicoloridos, que variam do laranja’ brilhante ao púrpura forte. O fruto não é redondo como um tomate, mas é oblongo e nos extremos tem a forma de uma pequena bola ,de futebol americano. E o gosto? Bem, é um tanto parecido com o suco de tomate, apenas que é mais doce. Não só constitui uma deliciosa bebida, mas também serve para conservas deliciosas.

Pepino [hebr.: qish·shu·’áh].



Entre os alimentos pelos quais os queixosos israelitas e a multidão mista expressaram grandes almejos estavam o pepino, bem como a melancia, o alho-porro, a cebola e o alho. (Núm 11:5) Alguns peritos, encarando o pepino como comum demais para provocar tal almejo, sugerem como provável identificação o melão (Cucumis melo). Todavia, a evidência de línguas cognatas, bem como a de primitivas traduções, indica o pepino.

O pepineiro é uma trepadeira comprida, rastejante, que produz flores amareladas ou esbranquiçadas. O fruto do pepineiro comum (Cucumis sativus) tem casca lisa, cor verde a verde-azulada, e polpa branco-esverdeada, com muitas sementes. As margens bem-regadas do Nilo e as terras umedecidas por orvalho na Palestina, junto com o calor do sol, fornecem condições ideais de crescimento a esta planta muito cultivada naqueles países.

Era costume erigir barracas ou cabanas em hortas e vinhedos como abrigo para o vigia que protegia os produtos do campo contra ladrões e animais predadores. Se o rancho era do tipo usado mais recentemente, então tinha uma estrutura frágil de quatro paus fincados no chão, com travessas ligando-os. Usavam-se galhos para formar o teto e os lados, estando estes às vezes interligados com um trançado de varas ou de raminhos finos, ao passo que as juntas principais da estrutura eram amarradas com vimes usados como cordas. Finda a época da cultura, esses ranchos ficavam abandonados, e com o começo dos ventos e da chuva outonais, podiam vergar e até mesmo cair. Deste modo, Sião, no meio da desolação, é vividamente retratada “sobrando como uma barraca no vinhedo, como um rancho de vigia no pepinal”. — Is 1:8.

Colocavam-se também nos campos cultivados colunas, estacas ou outros dispositivos para espantar animais, e foi com tal mudo e inanimado “espantalho do pepinal” que o profeta Jeremias comparou as imagens feitas pelas nações idólatras. — Je 10:5.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A exótica graviola

DO REDATOR DE DESPERTAI! NO MÉXICO

IMAGINE os deliciosos sabores de morango, canela, manga e abacaxi reunidos numa só fruta! É assim que algumas pessoas descrevem a graviola. Se você não vive nos trópicos, talvez nunca a tenha saboreado. Também chamada de graviola-do-norte (Annona muricata), é uma fruta ovóide, esverdeada, com casca eriçada, suculenta polpa branca e sementes marrom-escuras, lisas e brilhantes.

A árvore da graviola-do-norte é uma sempre-verde que não sobrevive em temperaturas frias. Suas flores são polinizadas por pequenos insetos, tais como formigas e alguns besouros. Por não produzir néctar nem ter cores vivas, as flores não atraem muitos insetos polinizadores. Além disso, as flores são dicógamas, ou seja, os pistilos e os estames atingem a maturação em épocas distintas. Assim, em caso de comercialização torna-se necessária a polinização manual, senão a árvore produz apenas entre 12 e 20 frutos por estação. A graviola é colhida quando está de vez e amadurece bem rápido. Por isso é muito perecível.

Chegando a pesar cinco quilos, a graviola é uma excelente fonte de niacina, riboflavina e vitamina C, e aproximadamente 12% da sua composição é de açúcar. No entanto, para a maioria das pessoas ela é ácida demais para ser saboreada sem adoçar. Assim, a polpa comestível pode ser amassada e peneirada para fazer refrescos e sorvetes. Tradicionalmente, das folhas faz-se chá para disenteria, gripe e indigestão. No México, o chá tem sido usado como um antiespasmódico e adstringente. As raízes servem como vermífugo para exterminar ou expelir vermes parasíticos e as sementes são usadas como repelente ou inseticida.

Se existir graviola na sua região, não deixe de prová-la. Você vai amar seu sabor!

Compra e preparo

Se você for à feira ou ao mercado comprar abacate, não olhe para a cor da casca para saber se está maduro, pois a coloração vai depender da variedade. Aperte-o levemente com os dedos. Se estiver macio ao toque, está maduro. O abacate deve ser guardado em temperatura ambiente e em lugares bem ventilados, e pode-se apressar o amadurecimento por embrulhá-lo em jornal. Pode também ser guardado na geladeira, mesmo depois de partido. Se você aspergir um pouco de suco de limão na polpa, ele não vai escurecer.

Muitos gostam de comer o abacate com frutas cítricas ou com tomate. Pode-se também acentuar o seu sabor com um molho picante. Ele vai igualmente bem com camarão, caranguejo ou lagosta, e pode ser usado em muitos tipos de salada. Já outros preferem uma deliciosa vitamina batendo o abacate com outras frutas.

Amassado com temperos e outros ingredientes, dá um delicioso patê para acompanhar biscoitos cream crackers. E não se pode deixar de mencionar o famoso guacamole, feito de abacate, tomate, cebola, pimentão e condimentos. O abacate também pode guarnecer pratos quentes. Neste caso, deve ser acrescentado quase na hora de servir, sendo mantido longe do calor.

Talvez o abacate já seja importante na sua alimentação. Em algumas partes do mundo, contudo, pode ser um fruto exótico e raro. Se você nunca experimentou o abacate, faça isso na próxima oportunidade. Poderá descobrir que esse fruto de mil e uma utilidades é também uma delícia!

Nutritivo e útil

O abacate tem grande valor nutritivo, sendo rico em proteínas, riboflavina, niacina, potássio e vitamina C. Consta que contém pelo menos 11 vitaminas e 14 minerais. Em algumas partes da América Central, o abacate com tortilhas é considerado uma refeição completa. Esse fruto é igualmente rico em gorduras, e seu óleo é similar ao azeite de oliva no sentido de conter gorduras monoinsaturadas. O óleo é também utilizado na fabricação de sabonetes e cosméticos.

Do abacateiro se aproveita quase tudo. A madeira é usada como combustível. O caroço é usado na América do Sul para estampar roupas, visto que sua nódoa não sai. Em algumas regiões das Filipinas, as folhas são usadas para fazer chá. Afirma-se também que a casca pode ser usada para curtir couro.

Cultivo

Hoje o abacate é cultivado em muitas regiões de clima quente ou temperado, incluindo América do Norte e do Sul, Austrália, Filipinas, Israel, Nova Zelândia e Quênia. É um dos cerca de 20 frutos tropicais de importância comercial no mundo todo.

Nos países tropicais das Américas existem muitas variedades de abacate, que vão desde o tamanho de um ovo de galinha a outras tão grandes quanto um melão de tamanho médio, pesando até dois quilos. A cor pode variar de verde a violáceo ou negro, sendo a casca de algumas variedades dura e quebradiça, ao passo que a de outras é fina e lisa. Mas é possível cultivar pomares que produzam abacates de aspecto e qualidade uniformes.

Na época da floração, os abacateiros ficam cobertos de milhares de flores branco-amareladas. Destas, apenas 1 em 5.000 desenvolve-se em fruto. Uma característica incomum dessas flores é que cada uma delas possui um estame (que produz o pólen), e um pistilo (onde fica o ovário). Isso permitiria a autopolinização, não fosse o maravilhoso mecanismo no abacateiro que impede que o estame e o pistilo sejam ativados ao mesmo tempo.

Assim, as flores de alguns abacateiros se abrem para receber o pólen ao amanhecer e fecham ao meio-dia. À noitinha, essas mesmas flores voltam a se abrir, desta vez para produzir o pólen. Outras árvores próximas têm ciclo oposto. A polinização ocorre quando uma árvore produz pólen e outra ao seu lado está pronta para ser polinizada. Nesse ponto, abelhas e outros insetos são importantes agentes de polinização, ao passo que transferem o pólen de uma flor para outra. Dessa forma, uma intrincada coordenação de luz solar, calor, insetos, vento e localização torna possível a reprodução desse fruto.

Abacate: um fruto de mil e uma utilidades

Do correspondente de Despertai! na Colômbia

OS CONQUISTADORES espanhóis do início do século 16 nunca tinham visto nada igual. Em formato e tamanho, parecia uma enorme pêra, mas a cor era verde mesmo quando maduro. A polpa era macia como manteiga, com um sabor que lembrava o de nozes. Por fim tornou-se conhecido como abacate, do asteca ahuacatl.

O abacate foi introduzido ao público europeu em 1519, por Martín Fernández de Enciso. Ele havia visto esse fruto perto da atual Santa Marta, Colômbia, na época de uma das primeiras expedições espanholas na América do Sul. Naqueles anos de exploração, além do abacate, os europeus experimentaram diversos alimentos que não conheciam, incluindo o chocolate, o milho e a batata.

Naturalmente, nenhum desses alimentos era realmente novo. Todos já eram conhecidos e apreciados pelos habitantes nativos das regiões temperadas do Hemisfério Ocidental por séculos. Entre algumas tribos nativas, o abacate era tão apreciado que era oferecido aos que se casavam e aos visitantes.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Como é cultivado?

Como se cultiva o abacaxi? Em primeiro lugar, é preciso um solo tropical — arenoso, rico em matéria orgânica, com acidez mediana e baixa salinidade, e bem irrigado. Daí, planta-se um dos rebentos da base do fruto após a colheita, ou então a própria coroa pode ser cortada e usada como muda. Mas é preciso ter paciência para saborear os abacaxis porque o abacaxizeiro demora mais de um ano para desenvolver-se e produzir frutos.

Antonio, abacaxicultor há mais de 25 anos, explica uma técnica usada: “É preciso colocar um pouco de carbureto de cálcio no “olho” da planta antes de ela começar a dar fruto. Isto para que todos os abacaxis possam ser colhidos na mesma época, pois, se a gente não fizer isso, alguns se desenvolvem mais depressa que outros e aí a colheita fica mais difícil.”

Quando o fruto já está desenvolvido, mas ainda não amadureceu, é preciso protegê-lo do sol para ele não sofrer queimaduras: o abacaxi é coberto com papel ou com as folhas do próprio pé. Passado o tempo requerido, o abacaxi está pronto para ser colhido. Daí, descascado e cortado em rodelas, é só saborear! Mas, cuidado: comer o miolo do abacaxi pode causar irritação na língua. Assim, alguns preferem tirar o miolo ao comer o abacaxi.

Se quer um abacaxi doce e suculento, não se deixe influenciar pela aparência da casca. Mostrando um abacaxi, Antonio explica: “Tem gente que escolhe o abacaxi pela cor da casca, se está verde ou amarela. Mas o abacaxi pode estar maduro mesmo quando a casca está verde. Dê umas batidinhas com os dedos. Se ouvir um som oco, a polpa está branca e o abacaxi está aguado. Mas se produzir um som firme, como se estivesse cheio de água, então está pronto para o consumo — docinho e suculento.” Existem diversos cultivares de abacaxi, mas o mais apreciado é o smooth cayenne, também conhecido como abacaxi havaiano.