sábado, 18 de setembro de 2010

Novos frutos procedentes dos antigos

Do correspondente de “Despertai!” nas Ilhas Britânicas

ACHAM-SE disponíveis, hoje, frutas em surpreendente variedade. E que diferença de sabor! Há maçãs ácidas que podem ser descritas como ‘tão ácidas a ponto de acabar com o fio duma faca’, palavras usadas há cerca de dois mil anos atrás pelo naturalista Plínio. Muitas outras variedades de maçãs, porém, são verdadeiro deleite para o paladar, e a escolha da pessoa não se restringe a apenas um punhado. Ora, há mais de cem anos, um livro sobre frutas, publicado nos Estados Unidos, alistava 1.823 variedades diferentes! Todavia, todas elas, com suas caraterísticas distintivas, descendiam de ancestrais comuns. Novos tipos de frutos deveras procedem de variedades antigas. Como se conseguiu isto?

À medida que os homens ganharam experiência na agricultura, sem dúvida foram mais seletivos nas sementes guardadas para plantio futuro, selecionando as dos maiores cachos de uvas, das maçãs mais doces, das maiores azeitonas e coisas semelhantes. Gradualmente, isto produziu tipos que eram cada vez mais distintos das variedades silvestres.

O cruzamento deliberado para combinar as caraterísticas desejáveis de diferentes frutas-mães é um passo mais recente. Nem sempre é fácil produzir novos frutos dos antigos, desse modo, conforme descobriu o Professor L. H. Bailey, em fins do século dezenove.

Bailey cruzou uma abóbora outonal de Bergen e um cabaceiro-amargoso, cruzando novamente o descendente com a abóbora. Em 1891, os frutos desta segunda geração eram parecidos com o de Bergen, tendo fina casca, semelhante a papel, que cobria grossa e atraente polpa amarela. A casca protegia o fruto do manuseio bruto e da geada. A polpa cozinhava bem. “Mas o sabor”, lamentou Bailey, “era de sedimentos de quinino, de fel e eupatório! O cabaceiro-amargoso ainda estava ali.”

Desde então, o homem já aprendeu muita coisa. Pelo menos existem cinco modos de produzir variedades aprimoradas de frutos.

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