quinta-feira, 13 de maio de 2010

A arte da composição das árvores

  Quando um agricultor concorda em participar do programa agroflorestal, Van Leeuwen lhes entrega uma proposta mais detalhada — um esquema da futura horta-pomar. Em vez de escolher e combinar aleatoriamente quaisquer árvores, utilizam-se simulações de computador de agroecossistemas para ajudar a determinar que espécies plantar e como arranjá-las. Fazer a composição, em grupos, de diversas árvores — pequenas, médias e grandes — requer toda uma arte.

  Por exemplo, o primeiro grupo é composto de goiabeira, guaraná e cupuaçu. São árvores de pequeno porte e não demoram a produzir frutos. O segundo grupo, de árvores de porte médio, como o biribá, o abacate e o tucumã, precisa de mais espaço. Nesse grupo, a produção de frutas em geral demora mais do que no primeiro. O terceiro grupo, de árvores de grande porte como a castanha-da-amazônia, o pequiá e o mogno, precisa de ainda mais espaço. Algumas árvores desse último grupo produzem frutas, outras, madeira valiosa e ainda outras as duas coisas. Quando os três grupos de árvores crescem juntos, a horta-pomar adquire o aspecto de uma floresta natural.

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